Desde o início da pandemia até este domingo (2), 68.515 pessoas infectadas pelo novo coronavírus já são consideradas curadas no Espírito Santo. Desse total, exatas 18.009 têm alguma comorbidade e eram, justamente, aquelas que tinham uma tendência maior de não vencer essa batalha.
São histórias de final feliz como a vivenciada por Ruy Barbosa, que tem pressão alta. No início de julho, ele passou uma semana internado, chegou a ser colocado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas recebeu alta e pode voltar para a casa, em Marataízes, no Sul do Estado.
Outro exemplo é o da Neusa Pereira Borges. Diagnosticada com um problema no coração em junho, o quadro de saúde dela era estável, até contrair a Covid-19. Cerca de um mês depois, ela conseguiu superar ambas as dificuldades e recebeu uma surpresa do marido, com quem é casada há 60 anos.
Esses dois casos ainda têm um agravante, que é a idade dos pacientes, acima de 60 anos. Quem é idoso também faz parte do grupo de risco para a doença, independentemente de ser hipertenso, diabético, fumante, obeso ou ter algum problema cardíaco, pulmonar ou renal.
Dado que também traz esperança durante esses tempos de pandemia é o número de curados, que no Espírito Santo representa 81,3% de todos os casos confirmados. Em maio, esse índice ainda girava em torno de apenas 50%; mas foi crescendo com o passar dos meses. Em meados de julho, já havia subido para 70%.
Secretário de Saúde do Estado, Nésio Fernandes explicou que esse aumento se deve ao melhor desempenho hospitalar, maior conhecimento acerca da doença e à ampliação da capacidade de testagem. O que, consequentemente, também justifica a redução de mortes no mês passado, apesar da crescente de casos.
Embora haja milhares de pessoas do grupo de risco que venceram a Covid-19, elas também são as principais vítimas da pandemia: das 2.578 mortes registradas no Espírito Santo, 1.808 estão relacionadas a alguma comorbidade quantidade que equivale a 70% dos óbitos.
Como mostrado por um levantamento do Ministério da Saúde, os cardíacos e os diabéticos representam a maioria dos que morreram pela doença no país. No Estado capixaba não é diferente: 1.475 dos mortos tinham algum problema no coração; e 847 eram diabéticos.
É importante ressaltar que cada pessoa que morreu em decorrência da doença podia ter mais de uma das comorbidades listadas acima e que mais de 15 mil indivíduos ainda lutam para vencer a Covid-19 no Espírito Santo. Todos os dados constam no painel alimentado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).
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