O Espírito Santo vem registrando queda no número de gravidez na adolescência, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Em 2018, 7.776 pessoas ficaram grávidas entre 10 e 19 anos. Mesmo o número caindo 33,14% de lá pra cá, 2023 teve 5.199 meninas dessa faixa etária que foram mães, conforme informações da TV Gazeta.
"Uma queda de 30% é de se louvar. Acho que isso se deve a uma maior consciência de separação entre o início da vida sexual e concepção. A separação entre começar a vida sexual e colocar uma nova vida no mundo", aponta a professora do Ambulatório de Adolescência do Hospital das Clínicas Sandra Martins, que também fez um alerta sobre a importância da prevenção.
"Quando eu descobri que estava grávida, já tinha cinco meses. Eu conversei com a minha mãe e ela mandou eu procurar o pai do meu filho, porque ela não ia poder assumir eu e meu filho dentro de casa", contou a voluntária em um projeto social Fabia Ferreira, que ficou grávida aos 13 anos. Na época, ela cursava a quarta série do ensino fundamental e, antes dos 16 anos, teve outros dois filhos com o mesmo companheiro.
Ela contou que sonhava estudar para conseguir melhores oportunidades de trabalho no futuro. Entretanto, por conta da maternidade, se sentiu forçada a largar os estudos. "Eu falo com a minha filha: 'não é porque sua mãe não estudou que você não tem que estudar'. Para que, amanhã, ela tenha alguma coisa boa na vida", disse ela.
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