Apesar das recomendações para evitar aglomerações e dos decretos municipais proibindo eventos em locais públicos, as prefeituras de Vitória, Serra, Cariacica, Vila Velha e Guarapari registraram mais de 80 ocorrências de festas clandestinas, aglomerações, bares em funcionamento em horário não permitido e ainda ônibus levando turistas mesmo com proibição durante o sábado (13) e o domingo (14).
Vinte bares e casas de show foram fechados por descumprir os horários de funcionamento permitidos, além de quatro festas clandestinas encerradas pela polícia, como bailes funk e blocos de carnaval.
Um desses eventos, segundo a Prefeitura de Vila Velha, chegou a reunir cerca de 500 pessoas na praça da Barra do Jucu, no sábado (13). No município, também houve outras duas festas em espaços públicos: um evento no calçadão da Praia da Costa, com público em torno de 150 pessoas, e outro no bairro Divino Espírito Santo, com 100 frequentadores. Nenhum estabelecimento foi multado, nem ninguém foi detido nestas ocorrências.
A prefeitura canela-verde ainda notificou, no final de semana, dez pessoas por uso de som acima do volume permitido. Durante o dia, a Guarda Municipal de Vila Velha também atuou nas praias, distribuindo máscaras e álcool em gel, além de realizar blitze todos os dias.
Em Cariacica, a prefeitura precisou acionar a Força Tática da Polícia Militar para interditar uma famosa casa de show no bairro Rio Branco, que abriu as portas no sábado após à meia-noite, mesmo depois de ser notificada no dia anterior por desrespeito às medidas de segurança contra o novo coronavírus.
Outros quatro bares na Vila Palestina, bairro conhecido por ser um circuito gastronômico na cidade, também foram fechados por descumprimento das regras. No mesmo bairro, outros 22 bares tiveram as atividades presenciais encerradas pela prefeitura, mas mantiveram o atendimento por delivery.
No total foram 30 ocorrências em Cariacica somando sábado e domingo, entre bares e casas de show fechados, além de automóveis com som alto e festas em residências.
Em Vitória, foram 12 ocorrências em que irregularidades foram flagradas. Uma marina, em Santa Lúcia, e outros 11 bares espalhados pela Capital tiveram que ser interditados. Entre os estabelecimentos que tiveram as portas fechadas pelas equipes da prefeitura, nove ficavam no Centro de Vitória, região tradicional dos festejos de carnaval na cidade.
A Guarda ainda atuou contra um grupo suspeito de vender abadás para a saída de um bloco de rua, no bairro Itararé, mas, como o evento não foi realizado, não houve registro de irregularidade.
No sábado, um outro bloco desfilou em Itararé e promoveu uma festa clandestina próximo a uma distribuidora de bebidas. Segundo moradores, mais de 350 pessoas estiveram no local. A polícia precisou intervir, mas foi hostilizada pelos "foliões", segundo a PM, com garrafas de vidro, pedras, pedaços de madeira e outros objetos arremessados nos militares. Os policiais responderam com tiros de bala de borracha e gás lacrimogênio.
Na Serra, cinco estabelecimentos comerciais foram notificados e três deles acabaram fechados. Todos localizados no bairro Bicanga. Em São Lourenço, também houve um baile funk clandestino, dispersado pela Guarda Municipal e por policiais militares. A operação de Carnaval ainda realizou a prisão de três suspeitos de tráfico de drogas, em Carapebus.
Em Guarapari, foram 20 ônibus de viagem com turistas notificados no sábado e domingo, nas barreiras sanitárias instaladas nas entradas da cidade. Alguns veículos também foram orientados a retornar aos locais de origem, para evitar aglomerações. A prefeitura apreendeu algumas caixas de som, recolhidas na praia, com volume acima do máximo permitido.
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