No Espírito Santo, mais de 87 mil pessoas ainda aguardam a aplicação da segunda dose da Coronavac. O atraso decorre da falta de doses ocasionadas pelo não envio pelo Ministério da Saúde do imunizante produzido pelo Instituto Butantan, e que era esperado para esta semana, segundo o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes.
“Vamos receber nesta sexta-feira (07) mais 83.700 doses da Astrazeneca. Mas ainda não foi confirmado o envio do lote da Coronavac que era aguardado para esta semana. Estamos esperando um retorno do Ministério da Saúde e do Instituto Butantan”, explicou.
Em entrevista na manhã desta sexta-feira (06) para a CBN Vitória, o secretário informou que 52 mil pessoas estariam afetadas pela falta da Coronavac. A informação foi atualizada pela assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), apontando que aguardam a imunização com a segunda dose da vacina do Butantan um total de 87.749 pessoas. O levantamento foi feito com base na recomendação de que a segunda dose seja aplicada 28 dias após a primeira.
O número de doses em atraso consta em Resolução da Sesa 049/2021, e que também foi encaminhada para o Ministério da Saúde, apontando a necessidade do Estado para concluir a imunização da população.
Segundo as informações disponíveis no painel de vacinação da Sesa até a última quarta-feira (05), 30 municípios capixabas continuam sem conseguir aplicar a segunda dose da Coronavac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan.
De acordo com Nésio, quando as doses da Coronavac chegarem ao Estado, elas serão utilizadas em pessoas que já estão com a imunização em atraso. “Serão utilizadas integralmente para a aplicação da segunda dose. Só depois é que daremos início a vacinação da D1 com este imunizante”, informou.
São pessoas, em sua maioria, que residem no interior, com mais de 60 anos e ainda trabalhadores da saúde, acrescentou Nésio. Mas este número pode aumentar nas próximas semanas se o atraso no envio dos imunizantes persistir.
Em paralelo, segundo explicou Nésio, as doses da Astrazeneca vão ser utilizadas para a aplicação da D1. “Até sanarmos o atraso da D2 da Coronavac, as doses da Astrazenca serão dedicadas a D1”, disse Nésio.
E assim como os demais Estados, a Sesa pretende fazer o armazenamento de doses da Coronavac para garantir a aplicação da segunda etapa do imunizante.
“Seguimos a orientação do Ministério da Saúde para a aplicação de todas as doses na D1, mas ocorreram problemas no envio dos lotes. O Espírito Santo está se preparando para guardar as doses de D2 sempre que for enviado um lote, porque as instabilidades políticas podem afetar o fornecimento do insumo para a produção da vacina”, explicou Nésio.
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