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Mais pessoas podem ser investigadas por ataque a escolas em Aracruz, diz Casagrande

Mais pessoas podem ser investigadas por ataque a escolas em Aracruz, diz Casagrande

Casagrande já havia enviado uma coroa de flores homenageando a professora e esteve no velório acompanhado do prefeito de Aracruz, Luiz Carlos Coutinho e do secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo

Publicado em 27 de novembro de 2022 às 13:13

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O governador Renato Casagrande chega a velório de professora na Serra ao lado do prefeito de Aracruz, Coutinho e o secretário de Educação, Vitor de Angelo
Governador Casagrande chega a velório de professora na Serra. (Caique Verli)

O governador Renato Casagrande (PSB) esteve na manhã deste domingo (27) no velório da professora Flávia Amboss Merçon Leonardo, realizado no cemitério Jardim da Paz, na Serra. A professora da escola estadual Primo Bitti foi quarta vítima fatal do ataque a escolas em Coqueiral de Aracruz, ocorrido na sexta-feira (25).

Casagrande já havia enviado uma coroa de flores homenageando a professora e esteve no velório acompanhado do prefeito de Aracruz, Luiz Carlos Coutinho, e do secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo.

Em entrevista à imprensa no local, o governador falou sobre a possibilidade de outra pessoa ser responsabilizada pelo crime, que provocou a morte de quatro pessoas e deixou outras feridas, quatro delas ainda em estado grave.

Selena Sagrillo, Maria da Penha Banhos, Cybelle Bezerra e Flavia Amoss, vítimas do ataque a escolas em Aracruz
Selena Sagrillo, Maria da Penha Banhos, Cybelle Bezerra e Flavia Amoss, são as vítimas do ataque a escolas em Aracruz . (Reprodução)

“A investigação é que vai dizer como ele com 16 anos tinha tanta habilidade com armas. E como ele conseguiu carregar e recarregar. Então é um processo de investigação onde nós temos acesso ao seu telefone e aos seus computadores e aos interrogatórios. Talvez ele tivesse algum vínculo com algum grupo de fora neonazista, neofascista. A investigação é que vai dizer”, afirmou Casagrande.

A Polícia Civil já tinha inclusive se manifestado dizendo que vai investigar se o pai do adolescente de 16 anos foi quem deu instruções de como ele usar arma de fogo. A polícia também quer saber se foi o pai que o ensinou a dirigir. O adolescente tem 16 anos e usou um carro da família para se deslocar entre uma escola e outra durante os ataques da última sexta-feira (25).

Questionado se é o pai que pode ser responsabilizado, por uma das armas usadas no crime ser de sua responsabilidade como policial militar, Casagrande disse que não é possível dizer isso ainda.

“A investigação é que vai dizer se há mais pessoas responsáveis e a Polícia Militar vai também dizer se o uso da arma teve alguma responsabilidade do policial. O policial naturalmente estava com a arma em casa, acho que todo mundo tem que ter muito cuidado para que pessoas menores de idade que não tenha autorização, utilize e use e pratique com essa arma. Então, a Polícia Militar está sim no processo de investigação, mas é a Polícia Civil pra dizer se teve de fato cumplicidade de alguém neste fato", afirmou.

Entenda os ataques

As investigações identificaram que o atirador é um adolescente de 16 anos que estudou, até junho deste ano, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Primo Bitti, a primeira unidade alvo de ataque. A família o transferiu para outra escola, mas não foi confirmada para qual unidade.

O atentado foi planejado há, pelo menos, dois anos, segundo o superintendente da Polícia Norte, João Francisco Filho. “Ele planejava isso há dois anos e no dia de hoje (25) colocou em prática. Pegou o carro do pai, tampou a placa, praticou o ato na escola, retornou para casa e depois saiu. A família tinha uma segunda casa no município (onde o adolescente foi encontrado)”, explicou em coletiva de imprensa na última sexta-feira (25).

O superintendente detalhou ainda que o adolescente tinha uma pistola .40, que pertence ao pai policial militar e um revólver calibre 38, além de três carregadores.

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