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Marido é condenado a 28 anos de prisão por feminicídio da mulher em São Mateus

Marido é condenado a 28 anos de prisão por feminicídio da mulher em São Mateus

O corpo da professora Regiane da Silva Pereira foi encontrado às margens da BR 101, com sinais de estrangulamento

Publicado em 18 de dezembro de 2023 às 19:35

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A professora Regiane da Silva Pereira foi encontrada morta em São Mateus
A professora Regiane da Silva Pereira foi encontrada morta em São Mateus. (Arquivo pessoal)
Mariana Lopes
Repórter / [email protected]

A Justiça Estadual condenou, na tarde desta segunda-feira (18), Paulo Sérgio de Oliveira, por matar a própria esposa, a professora Regiane da Silva Pereira, em São Mateus, no Norte do Estado, em maio de 2019. Ele foi sentenciado com 27 anos de prisão pelo crime de feminicídio, mais um ano e dez dias por ocultação de cadáver, resultando em 28 anos e dez dias de prisão. 

O corpo de Regiane foi encontrado às margens da BR 101, na entrada da comunidade Santa Luzia, com sinais de estrangulamento, no dia 6 de maio de 2019. Na época do crime, Paulo Sérgio chegou a ir ao velório e ao enterro, e sempre negava ter matado a professora.

Em entrevista ao repórter Isaac Ribeiro, da TV Gazeta, a mãe de Regiane, Laurinda da Silva Pereira, se mostrou aliviada com o resultado, mas disse que esperava uma condenação maior do acusado. "Queria mais, porque a dor de uma mãe quando perde uma filha não é fácil... É uma dor muito grande, ainda mais que a filha dela está comigo... Ela chora dia e noite por causa da mãe", contou. 

Ainda à reportagem da TV Gazeta, a defesa de Paulo Sérgio, representada pelo advogado Leandro Victor Paulo Miguel, informou que pretende entrar com recurso para demonstrar a inocência do acusado, por entender ausência de provas que comprovem que  o acusado cometeu o crime.

Relembre o crime

Regiane da Silva Pereira foi encontrada morta, com sinais de estrangulamento, às margens da BR 101, na entrada da comunidade Santa Luzia, em São Mateus, na tarde de 6 de maio de 2019. Na noite anterior, ela tinha ido à igreja e depois desapareceu. 

Na época do crime, o marido da vítima, Paulo Sérgio de Oliveira, chegou a afirmar para a Polícia Militar que levou a esposa para uma igreja localizada no bairro Ideal, por volta das 18h, e que ela teria falado que não seria necessário buscá-la, pois iria a uma pizzaria com uma amiga após o culto. Por volta da meia-noite, ele disse que ainda teria ligado para a mulher, mas que ela havia esquecido o celular em casa.

Paulo Sérgio chegou a ir ao velório e ao enterro de Regiane, e sempre negava que tinha matado a professora. No entanto, a polícia encontrou contradições nos depoimentos, já que ele chegou a dizer que levou Regiane à igreja, mas ela não assinou o livro de presença, como fazia em todos os encontros. Disse, ainda, que os dois deixaram a filha, de 4 anos, sozinha em casa, mas a professora não costumava fazer isso.

Paulo Sérgio, marido da professora, chegou a ir ao enterro da vítima
Paulo Sérgio, marido da professora, chegou a ir ao enterro da vítima. (Arquivo | TV Gazeta)

Paulo Sérgio também só registrou o desaparecimento da vítima quase no mesmo horário em que o corpo foi encontrado.

À época do crime, testemunhas relataram à polícia que o casal estava junto há 8 anos, mas que estava em processo de separação há cerca de um ano. Paulo Sérgio não aceitava o fim do relacionamento.

No dia 4 de julho, o inquérito policial que investigava o homicídio de Regiane da Silva Pereira chegou à conclusão de que a professora foi vítima de feminicídio. Ela foi morta dentro de casa e o autor do crime teria sido o então marido dela, Paulo Sérgio.

 O então acusado foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, já que a morte da esposa teria sido causada por motivo torpe, praticada por meio de meios que dificultaram a defesa da vítima e, por fim, condicionada ao fato dela ser mulher.

Com informações do repórter Isaac Ribeiro, da TV Gazeta

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