Após o governador Renato Casagrande anunciar, nesta quarta-feira (6), que o uso de máscaras em ambientes fechados não é mais obrigatório no Espírito Santo, A Gazeta procurou instituições que representam o comércio, a educação e os bancos para entender quais medidas internas serão adotadas por esses setores a partir de agora. A reportagem questionou, por exemplo, se será recomendado o uso do equipamento de proteção contra o coronavírus e se deverá ser apresentado o passaporte vacinal — também foi anunciado o fim da exigência do comprovante de vacinação. Confira as respostas:
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) informou que, conforme anúncio feito pelo governador, as escolas deixam de exigir o uso de máscaras de alunos e funcionários, e recomenda que continuem utilizando esse equipamento de segurança grupos como gestantes, pessoas com alguma comorbidade ou que tenham sintomas gripais, por exemplo. A secretaria também disse que reforçará as orientações junto às escolas.
Já o Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Estado do Espírito Santo (Sinepe) informou que, diante do pronunciamento realizado na tarde desta quarta-feira, deixará a critério das instituições associadas a decisão por manter ou não a obrigatoriedade do uso de máscaras. Segundo a instituição, será reforçado que há recomendação de uso por pessoas não vacinadas, com sintomas gripais e grupos vulneráveis, como imunossuprimidos, portadores de doenças crônicas e idosos acima de 60 anos.
O Sinepe destacou ainda que, apesar de apenas recomendadas nesses locais, as máscaras serão mantidas para professores e alunos da área da saúde.
O presidente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Fábio Dalvi, disse que a notícia foi recebida pela entidade com muita alegria. "Será facultativo e quem tiver vontade ou necessidade, cada pessoa poderá ficar à vontade para usar (máscara) ou não. Vínhamos sofrendo uma pressão muito forte por parte dos clientes, que estavam um pouco confusos diante das liberações anteriores e somos gratos ao governo por entender a nossa demanda", afirmou.
Segundo Dalvi, uma comunicação formal aos associados será emitida nesta quinta-feira (7), após publicação da decisão em Diário Oficial.
Apesar da desobrigação do uso de máscaras mesmo em ambientes fechados, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) informou que mantém a exigência do uso nas dependências da instituição para qualquer pessoa que transite no local.
Em nota, a Ufes manifestou que "para o acesso às dependências, a comprovação do esquema vacinal é obrigatória para todas as pessoas que circulem na Universidade, inclusive participantes de eventos acadêmicos, culturais, artísticos e esportivos, com exceção das que apresentarem justa causa de saúde que isente de vacinação contra a covid-19 comprovada, mediante apresentação de declaração médica contendo assinatura do médico e carimbo com nome e CRM legíveis ou certificação digital".
Se referindo especificamente às máscaras, a Ufes estabeleceu que elas deverão ser usadas em todos os ambientes da universidade, com indicação de retirada do acessório apenas nos momentos de alimentação. A medida inclui terceirizados e visitantes. Também estão no documento orientações sobre lavagem frequente das mãos, uso de álcool em gel — disponibilizados nos campi — e etiqueta respiratória: “Ao tossir ou espirrar, proteger a boca com o cotovelo; usar lenços descartáveis e jogá-los no lixo logo em seguida; evitar tocar olhos, nariz e boca; e evitar lugares fechados e com aglomerações”.
Diferentemente da Ufes, o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) tornou facultativo o uso de máscara nas dependências dos campi, exceto nos setores específicos da área da saúde. Em nota, a instituição informou que uma nova portaria revogou os efeitos do protocolo de retorno às atividades presenciais e declarou como essenciais todas as atividades. O Ifes não chegou a exigir o passaporte vacinal.
Em nota, a instituição também afirmou que "para os servidores que estão em trabalho remoto em função de auto declaração relativa às condições estabelecidas por Instrução Normativa (como idade superior a 60 anos, hipertensão, diabetes, cardiopatias, entre outras), o retorno deverá acontecer a partir desta quinta-feira (7), em acordo com suas chefias imediatas".
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) explicou que, com o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras determinado por prefeituras de várias cidades brasileiras, as instituições bancárias deverão observar as regras locais para clientes e funcionários nas agências. Ou seja, no Espírito Santo deixa de ser obrigatório o uso de máscaras nos bancos.
Representante de estabelecimentos comerciais, incluindo shoppings e lojas de rua, a Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio) afirmou que seguirá orientando o uso de máscaras, mas sem obrigatoriedade. "Seguimos orientando, em determinados ambientes de atendimento, por precaução, usar máscaras. Mas aplaudimos a iniciativa do governo do Estado. A não obrigatoriedade é importantíssima para o comércio e para a população. A maioria entende que é incômodo o uso da máscara", iniciou o presidente da entidade, José Lino Sepulcri.
Segundo Sepulcri, para evitar novos casos da Covid-19, os funcionários dos estabelecimentos comerciais serão orientados a usarem máscaras nos ônibus. "Porém, gradativamente, vai eliminando esse acessório, até porque a maioria acha incômodo. Desde março de 2019 a Fecomércio foi parceira do governo do Estado para a conscientização e sempre estivemos acompanhando as iniciativas para a preservação da vida. Mas agora acho que é o momento oportuno e comungamos com os mesmos princípios do governador", finalizou.
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