Nos últimos dez anos, o Espírito Santo registrou queda de 6,32% no número de matrículas da rede pública de ensino. Ao mesmo tempo, a rede privada ganhou mais alunos, principalmente se comparado o período pré-pandemia de Covid-19, como mostram os números do Censo Escolar 2023, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) na última quinta-feira (22).
Em 2014, o Estado contava com 803.407 alunos na rede pública. Em 2015, o número caiu para 768.215, enquanto 2016 registrou 786.474. Em 2017, eram 780.775 alunos, uma queda de 0,72%. Enquanto isso, em 2018, o número caiu mais uma vez: 774.721 matriculados.
Ao mesmo tempo, a rede particular vinha registrando queda desde 2014, quando acumulava 119.664 alunos.
Já em 2019, um ano antes da pandemia, a rede privada registrou 107.358 alunos. No mesmo ano, a rede pública do Espírito Santo contava com 774.468 alunos matriculados, sendo 513.069 (58,2%) em redes municipais, 247.721 (28,1%) na rede estadual e 13.678 (1,6%) em instituições federais.
Em 2020, o Estado registrava 883.113 estudantes matriculados, sendo 774.932 na rede pública e 108.181 em instituições privadas.
Apesar do aumento em 2020, a rede privada registrou nova queda no ano seguinte: 101.972 alunos. Na sequência, em 2022, o número cresceu em 10,34%, chegando aos 112.523 matriculados. Já em 2023, foram 117.691 alunos, a segunda melhor marca desde 2014.
Por sua vez, em 2021, 2022 e 2023, o Estado registrou 766.709; 761.390 e 752.583 matriculados, respectivamente.
Para Juliano Pavesi, presidente do Sindicato dos Professores no Estado do Espírito Santo (Sinpro-ES), a retomada do aumento no número de matrículas no setor privado se dá devido ao reconhecimento do trabalho e à melhoria da qualidade de vida da população.
“Nós, do sindicato, vemos como muito interessante a divulgação desses dados e esse crescimento, pois isso pode gerar mais postos de trabalho e, consequentemente, mais renda para o setor e seus profissionais. E vejo esses números aumentando por uma crescente na qualidade de vida da população, que preza por um melhor ensino para seus filhos”, pontua Juliano.
“Estamos em uma luta constante para a melhoria dos serviços prestados em instituições de ensino privadas. Então, com certeza há uma expectativa para a melhoria desses números nos próximos anos”, projeta o presidente do Sinpro.
Principal fonte de informação sobre os números da educação no Brasil, o Censo Escolar faz o levantamento de dados sobre escolas, professores, alunos, gestores e localização de todas as etapas e modalidade de ensino.
Em 2023, segundo o Censo, o Brasil teve 47.304,632 matrículas em toda a educação básica, da creche ao ensino médio. Na rede pública foram 37.881,305 matrículas, o equivalente a 80% do total de estudantes do país. Já na rede privada são 9.423,327 alunos.
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