O Mapa de Gestão de Risco, que classifica os municípios capixabas de acordo com a incidência de contaminação da população pelo novo Coronavírus (Covid-19), foi criado para que o Estado consiga não apenas acompanhar a disseminação da doença, como também traçar medidas específicas em cada região.
Desde 20 de abril de 2020, quando o primeiro mapa - também chamado de Matriz de Risco - foi apresentado, muita coisa mudou no Espírito Santo e os capixabas passaram a ver o gráfico do Estado pintado de três cores: verde, amarela e vermelha.
Para explicar como foi o desenvolvimento do vírus até os dias de hoje, A Gazeta analisou os 20 mapas apresentados, nesses últimos cinco meses, pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
No primeiro mapa, apresentado em 20 de abril, a maior parte do Espírito Santo estava com risco baixo para a disseminação do novo coronavírus e, com isso, a cor predominante era o verde. Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana e Alfredo Chaves eram os destaques em vermelho, por causa do risco alto de contaminação. Municípios no entorno da Grande Vitória - principalmente da Região Serrana - estavam classificados como moderados e foram sinalizados com a cor amarela.
Uma semana depois, no dia 27 de abril, a maior parte do Estado ainda estava em risco baixo. Porém, três municípios da Região Sul foram afetados: Bom Jesus do Norte passou a ter risco alto junto com as cidades vizinhas - São José do Calçado e Apiacá - passaram para risco moderado.
O terceiro mapa da Matriz de Risco passou a valer no dia 4 de maio. Ainda com a maior parte do Estado em risco baixo, quatro cidades migraram pra risco moderado: Guaçuí, na Região do Caparaó, além de Bom Jesus do Norte, Presidente Kennedy e Marataízes, na Região Sul.
Continuaram na mesma classificação as cidades de Aracruz, Ibiraçu, Santa Teresa, Venda Nova do Imigrante, Guarapari, Domingos Martins, Santa Leopoldina, Marechal Floriano, Vargem Alta, Anchieta, Iconha e Rio Novo do Sul. Seguiram como risco alto Fundão, Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana e Alfredo Chaves.
No dia 11 de maio, é possível observar que mais municípios passaram de risco baixo para moderado, entre eles estão: João Neiva, São Roque do Canaã, Itaguaçu, Itarana, Santa Maria de Jetibá, Afonso Cláudio, Alfredo Chaves, Piúma, São José do Calçado, Bom Jesus do Norte e Vila Valério - colocando o Noroeste do Estado pela primeira vez nessa classificação. Outras 12 cidades mantiveram essa mesma classificação.
O mapa, embora predominantemente verde, começa a ficar mais amarelo e vermelho. Em risco alto estavam Fundão, Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana e Santa Teresa.
A crescente de municípios em risco moderado continuou uma semana depois, no dia 18 de maio, com mais cidades inclusas: Itapemirim, Atílio Vivácqua, Mimoso do Sul e Apiacá, todos na região Sul do Estado. Já Presidente Keneddy, na mesma região, passou para risco alto, ao lado de Santa Teresa, Fundão e Grande Vitória.
Foi no dia 25 de maio que o mapa apresentou, pela primeira vez, mais municípios em risco moderado. Apenas 18 cidades foram classificadas com risco baixo.
No dia 1 de junho, o Mapa de Risco continuou mostrando a maioria dos municípios em risco moderado, aumentando casos no interior do Estado. Em risco baixo estavam 14 cidades: Vila Pavão, Sooretama, Rio Bananal, Marilândia, Governador Lindenberg, Montanha, Pedro Canário, Conceição da Barra, Jerônimo Monteiro, Brejetuba, Irupi, Ibitirama, Divino São Lourenço e Dores do Rio Preto.
Já em risco alto, mantiveram-se Fundão, Alfredo Chaves, Presidente Keneddy, Marataízes e Boa Esperança, além dos municípios da Grande Vitória. Entraram nessa classificação Santa Teresa, Marechal Floriano e Piúma.
Em sete dias, nenhum município estava mais em risco baixo, sendo o mapa dividido entre as cores amarela e vermelha. No dia 8 de junho, a Covid-19 já tinha se disseminado por todo o Estado, deixando grande parte dele em risco alto - classificação que apareceu em todas as regiões do Espírito Santo.
No dia 15 de junho, pouca coisa mudou. Foi possível notar que apenas Divino de São Lourenço, na Região Sul do Estado, passou de risco moderado para risco alto, somando-se com outras 36 cidades. Todo o resto, continuou na mesma classificação no mapa anterior, entre alto e moderado.
Já no dia 22 de junho, houve algumas mudanças: Água Doce do Norte, Barra de São Francisco, Bom Jesus do Norte e Ibitirama passaram de risco alto para moderado. Já Aracruz, Guaçuí, Rio Novo do Sul, São Gabriel da Palha e Vila Valério passaram de risco moderado para risco alto. Novamente, todo o mapa ficou pintado de amarelo e vermelho.
Uma semana depois, no dia 29 de junho, o Mapa de Risco continuou bem semelhante aos das semanas anteriores, havendo pequenas alterações. Os municípios de Águia Branca, Alfredo Chaves, Ecoporanga, Itarana e Mantenópolis passaram de risco alto para moderado. Enquanto Castelo, Iúna, Nova Venécia e Ponto Belo passaram de risco moderado para alto.
Nesse momento, o mapa do Espírito Santo ficou bem dividido: eram 37 cidades de vermelho e 41 em amarelo.
Em 6 de julho, o Mapa de Risco mostrou que São Roque do Canaã e Vila Valério deixaram a cor vermelha e voltaram para a classificação de risco moderado. Águia Branca, Bom Jesus do Norte, Iconha, Linhares, Marilândia, Montanha e Santa Leopoldina chegaram ao grupo de risco alto. Todos os outros permaneceram pintados de amarelo.
No dia 13 de julho, municípios das regiões Sul e Serrana passaram de risco alto para moderado. Duas cidades da Grande Vitória passaram pela mesma transição: Viana e Fundão. No entanto, a cor vermelha ainda predominava, com 41 cidades no total.
Após seis semanas sem nenhum município apresentar risco baixo, a classificação volta a aparecer no dia 20 de julho, mostrando que a disseminação do vírus começou a perder força principalmente em 19 cidades: Pedro Canário, Ponto Belo, Vila Pavão, Jaguaré, Governador Lindenberg, Itaguaçu, Laranja da Terra, Itarana, Santa Maria de Jetibá, Brejetuba, Domingos Martins, Venda Nova do Imigrante, Alfredo Chaves, Iconha, Ibatiba, Muniz Freire, Divino São Lourenço, Atílio Vivácqua e Apiacá.
Em risco alto estavam: Nova Venécia, São Gabriel da Palha, Alto Rio Novo, São Domingos do Norte, Colatina, Linhares, Aracruz, Ibiraçu, Bom Jesus do Norte, Mimoso do Sul, Presidente Kennedy, Sooretama, Vila Valério e Cariacica - único da Grande Vitória, já que os outros municípios da região passaram para risco moderado.
No dia 27 de julho, enquanto todos os municípios da Grande Vitória migraram para risco moderado, 18 cidades espalhadas pelas regiões Norte, Noroeste e Sul estavam em risco alto e outras 41 no moderado.
Em 3 de agosto, o Mapa de Risco apresentou um dos menores números de cidades em risco alto. Eram apenas 10, sendo a maioria nas regiões Norte e Noroeste. Nesse momento, a desaceleração da Covid-19 também mostrou-se nas cidades com o o aumento de municípios em risco baixo. Eram 22, a maioria nas regiões Serrana e Sul. Os demais 46 permaneciam classificados como moderado.
Em 10 de agosto, o amarelo também predominava. Eram 54 municípios em risco moderado, 12 em baixo e 12 em alto.
No dia 17 de agosto, a mapa ficou um pouco mais verde. O número de municípios com risco baixo voltou a subir, chegando a 16, sendo boa parte concentrada na região Sul.
Nesse período, diminuíram os municípios em risco alto, ficando apenas nove localidades: Mucuri, Pedro Canário, Ecoporanga, Nova Venécia, São Mateus, Colatina, Alfredo Chaves, Anchieta e Marataízes.
Os municípios com risco baixo e moderado continuaram a ser mais presentes no mapa apresentado em 24 de agosto, consolidando a desaceleração da doença no território capixaba ao longo do mês.
O último Mapa de Risco, que começou a valer no dia 31 de agosto, mostrou que apenas dois municípios permanecem em risco alto: São Mateus, no Norte, e Piúma, no Sul. Essa foi a menor marca da classificação alta desde abril, o que pode indicar um maior controle da disseminação do novo coronavírus no Estado.
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