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Média móvel de mortes por Covid-19 desacelera no ES, mas se mantém alta

Média móvel de mortes por Covid-19 desacelera no ES, mas se mantém alta

Os dados foram analisados pelo Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE)

Publicado em 17 de abril de 2021 às 13:10

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Média móvel de óbitos por Covid-19
Média móvel de óbitos por Covid-19. (Reprodução/Painel Covid-19)
Autor - Isaac Ribeiro
Isaac Ribeiro
Repórter de Cotidiano / [email protected]

A média móvel de óbitos provocados pela Covid-19 no Espírito Santo está desacelerando, mas ainda continua elevada. É o que aponta a análise do Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE) divulgado nesta sexta-feira (16).

Conforme explica a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a média móvel é um recurso matemático que permite analisar se o número de casos confirmados e/ou de óbitos na última semana ou em 14 dias aumentou ou diminuiu, de acordo com o mesmo intervalo de tempo das semanas anteriores.

Os dados do Painel Covid-19, ferramenta administrada pelo governo do Estado, mostram que a média móvel de óbitos dos últimos 14 dias, nesta quinta-feira (15), era 60,93. O Estado contabiliza mais de 8.500 mortes registradas desde o início da pandemia.

Do dia 1 ao dia 15 deste mês, a Sesa divulgou o registro de 1.007 mortes provocadas pelo novo coronavírus. O número também representa mortes ocorridas em outros meses, mas oficializadas em abril.

O diretor de Integração e Projetos Especiais do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Pablo Lira, explicou que, efetivamente, 919 pessoas morreram por causa da doença na primeira quinzena deste mês. Segundo ele, se a tendência da média móvel de óbitos for mantida, há a expectativa de que menos capixabas percam a vida em decorrência de complicações do coronavírus.

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O gráfico vinha subindo em ritmo exponencial nos últimos 14 dias e agora está inclinando para a direita. Se essa desaceleração ficar mais forte nas próximas semanas, pode ser que essa estimativa crítica de 1.800 óbitos para abril não se confirme

Pablo Lira
Membro do NIEE
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Segundo Lira, outro indicador que representa um comportamento de redução do impacto negativo das infecções é o fato de que não houve casos de pacientes na rede pré-hospitalar (UPAS/PAS) aguardando vagas de UTI por mais de 24 horas. O episódio foi mencionado pelo governador Renato Casagrande nas redes sociais nesta sexta-feira (16).

"Uma possível explicação pode ser o distanciamento social, que aumentou por conta das medidas adotadas durante a quarentena preventiva, em março. O efeito dessa ação só é possível perceber numa janela de 14 a 15 dias. Outra questão é a vacina. Provavelmente, está havendo um efeito positivo dessas curvas de contágio e de pressão no sistema de saúde causada por uma redução de casos das faixas etárias mais elevadas, alvos da primeira dose da vacinação", explicou.

CONTÁGIO POR COVID-19

O ritmo de contágio (Rt) do novo coronavírus no Espírito Santo apresenta estabilidade. Os últimos dados compilados pelo Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE), que correspondem à realidade na pandemia no dia 26 de março, apontam que a taxa de transmissão pela Covid-19 no Estado era de 1,55, quando 100 pessoas transmitem a doença para outras 155.

Na semana anterior,  no dia 19 de março, o índice era o mesmo. Enquanto isso, o último índice da Grande Vitória apontava uma taxa de 1,51. Já nos municípios do interior, o ritmo de contágio saiu de 1,61 para 1,58. 

Taxa de contágio por Covid-19 - Interior(Reprodução/Painel Covid-19)

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