Margareth Dalcolmo, médica capixaba que se tornou uma das maiores referências em Covid-19 no Brasil em meio à pandemia da doença, recebeu a primeira dose da vacina AstraZeneca/Oxford na tarde deste sábado (23). Com outros especialistas, ela foi uma das primeiras a receber o imunizante no Brasil. Veja o vídeo:
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu dois milhões de doses da vacina, que também começará a ser distribuído para os estados brasileiros em breve. Além da capixaba, que também é pesquisadora da Fiocruz, os infectologistas Evandro Chagas e Helio Cruz (ambos da Fiocruz) também foram vacinados em uma cerimônia que deu início a imunização com a vacina de Oxford no país.
Após receber a dose, Margareth disse, em entrevista, que este foi um dia simbólico. "Pensei (ao receber a vacina) que vai chegar um dia em que poderemos realmente comemorar. Hoje é um dia simbólico, mas chegará um dia que teremos a cobertura vacinal desejada, de 70% da população, e com as doses produzidas pelos dois grandes institutos públicos do país, Butantan e Fiocruz".
O Espírito Santo, conforme anunciado pelo Ministério da Saúde, receberá 35,5 mil doses da vacina de Oxford/AstraZeneca na manhã deste domingo (24).
As vacinas já começaram a deixar a fábrica da Fiocruz, no Rio de Janeiro, na tarde deste sábado (23) para separação e distribuição para os Estados e municípios.
No início da semana, Margareth emocionou com discurso que fez durante cerimônia do Prêmio São Sebastião da Cultura, no Rio. A médica capixaba criticou o atraso no envio das vacinas ao Brasil e chegou a ser apoiada por personalidades da mídia e políticos brasileiros nas redes sociais.
Em determinado ponto do discurso, Margareth lamentou: "Algumas notícias me chegaram agora e vou compartilhar... É um momento crucial (choro)... Isso me emociona porque fiquei surpresa, acho que agora é hora da sociedade brasileira mostrar realmente o que tenho tentado chamar como médica e cidadã de consciência cívica. É inaceitável que neste momento, no Brasil, nós tenhamos que acabar de receber a notícia de que as vacinas não virão da China e da Índia".
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