Desde o dia 1º de julho, o curso de medicina e outros da área de saúde da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) retomaram as aulas práticas na modalidade de estágios e internatos. Mas há outras disciplinas, chamadas de teóricas-práticas, que não poderão ser realizadas na modalidade presencial.
Segundo a pró-reitora de Graduação da universidade, Claudia Maria Mendes Gontijo, o curso de medicina e outros da área de saúde foram autorizados a realizar os estágios na modalidade presencial. Já para as aulas teórico-práticas, foi dada a oportunidade de oferta da parte teórica, na modalidade de ensino remoto, enquanto aguardamos o comportamento da pandemia do novo coronavírus para uma decisão futura sobre a parte do ensino prático, explicou.
Ela explicou ainda que mesmo após o governador Renato Casagrande ter liberado o retorno das aulas presenciais para o ensino superior, deixando para as instituições a decisão sobre como seria esta retomada das atividades, ela informou que a Ufes pretende manter o calendário aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe).
Neste momento, não vamos retomar as aulas presenciais. Temos autorização do Ministério da Educação (MEC), cuja Portaria 544 autoriza o ensino remoto até o dia 31 de dezembro. Esta é a orientação, explicou Claudia.
Informações obtidas pela reportagem apontam que a suspensão das aulas teórico-práticas pode levar a um atraso na conclusão dos cursos da área de saúde, já que elas teriam que ser feitas em um outro momento, pelo menos a parte prática.
Em decorrência disto haveria um interesse dos cursos, principalmente o de medicina, de retomar as atividades práticas. Uma solicitação que já teria sido encaminhada para a Reitoria da Ufes.
Claudia Gontijo explica que não recebeu a solicitação, mas que em reuniões com os cursos da área de saúde foi informado que somente as aulas dos estágios, na modalidade presencial, poderiam ser retomadas. As demais seriam remotas.
Em relação a possíveis atrasos na conclusão dos cursos, ela explica que na última reunião do Cepe, na discussão da flexibilização das normas acadêmicas, foi aprovada a extensão por mais um ano para todos os cursos. A medida garante aos estudantes o prazo de mais um ano para concluir os cursos, explicou.
Ela observa que muitos estudantes tiveram impactos econômicos, com perdas de emprego - ou de seus familiares -, problemas de saúde, ou foram afetados de alguma outra forma pela pandemia. E para que não pudessem ser penalizados com as normas acadêmicas, para finalizar os cursos, em função da pandemia, foi decidido que este ano não contaria para a integralização dos cursos, informou Claudia.
Mas ela avalia que muitos estudantes, até a etapa de conclusão, terão oportunidades para adiantar algumas disciplinas, o que poderá evitar possíveis atrasos. Podem fazer mais disciplinas antes do tempo, os próprios departamentos, no futuro, podem fazer mais ofertas de matérias. Podem surgir outras oportunidades para se concluir os semestres, ponderou a pró-reitora.
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