> >
Médico capixaba conta o que sentiu ao tomar duas doses da vacina Coronavac

Médico capixaba conta o que sentiu ao tomar duas doses da vacina Coronavac

O cardiologista Oslan Francischetto é natural de Castelo, mas reside em São Paulo há sete anos. Ele faz parte dos voluntários que receberam a vacina chinesa

Publicado em 22 de outubro de 2020 às 07:30

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
O médico Orlan Francischetto tomou duas dose da vacina chinesa Coronavac
O médico Orlan Francischetto tomou duas dose da vacina chinesa Coronavac. (Reprodução/TV Gazeta)

Um médico capixaba já tomou a vacina chinesa Coronavac. O imunizante contra o coronavírus, que segue em fase avançada de testes no Brasil,  é alvo de polêmica nesta semana após o presidente Bolsonaro dizer que vai vetar sua compra pelo Governo Federal.  O cardiologista Oslan Francischetto é natural de Castelo, mas reside em São Paulo há sete anos. Ele faz parte de um grupo de voluntários que recebeu a vacina no estado paulista. 

A vacina chinesa está na última fase de testes, que teve início em setembro. Ela é desenvolvida em parceria com o instituto Butantan. “São duas doses. A primeira dose eu senti uma dor no braço, muito leve, por um dia. E na segunda dose eu senti a mesma dor, mas por um período de quatro dias”, disse.

Segundo Oslan, as doses foram aplicadas no mês de setembro. Os voluntários que receberam a vacina passam por um acompanhamento presencial e online. “As doses foram em setembro, no início e no final de setembro. O acompanhamento é feito em visitas presenciais, foram duas até agora com um intervalo de 30 dias entre uma e outra. E também fazem contato telefônico para saber de reações”, afirmou.

VACINA ESTÁ NA FASE 3 DE TESTES

A pós-doutora em epidemiologia e professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Ethel Maciel, explicou que a etapa de testes pela qual o médico passou faz parte da fase 3 da vacina. Agora, crianças e pessoas acima de 50 anos devem passar pelos testes.

“Essa vacina passou pelas etapa das fase 1 e 2. Na fase 1 avalia a segurança e, na fase 2, avalia a eficácia, se a vacina tem condições de criar uma resposta imunológica. Agora, foi finalizada a primeira etapa da fase 3, com 9 mil voluntários, que são profissionais da saúde. Agora é que vai ser iniciada a fase em que vão incluir pouco mais de 500 crianças e pessoas acima de 50 anos”, explicou.

Ainda segundo Ethel, os grupos prioritários, aqueles que receberão a vacina no primeiro momento, estão sendo definidos por grupos técnicos do governo.

“O governo instituiu um grupo técnico para estudar isso. Quem vão ser as pessoas que estarão em grupos prioritários. Geralmente a gente começa por aqueles que tem uma chance maior de morrer, os que queremos proteger mais. Que no mundo inteiro e também aqui no Brasil tem sempre sido aquelas pessoas acima de 60 anos e pessoas com comorbidade, como diabéticos, hipertensos, obesos”, destacou.

ES SE PREPARA PARA VACINAR EM 2021

Com o avanço da vacina, a Secretaria de Estado da Saúde está se preparando para iniciar a imunização em 2021. Inclusive, as seringas para a aplicação já estão sendo compradas, como destaca o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.

“O ES já tomou as providências para a aquisição das seringas. Agora, estamos aguardando por parte do Ministério (da Saúde) uma sinalização para quando a vacina estiver disponível, a gente iniciar de fato o pedido das seringas para serem entregues aos municípios”, disse.

Com informações de Tiago Félix, da TV Gazeta

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais