Um médico capixaba já tomou a vacina chinesa Coronavac. O imunizante contra o coronavírus, que segue em fase avançada de testes no Brasil, é alvo de polêmica nesta semana após o presidente Bolsonaro dizer que vai vetar sua compra pelo Governo Federal. O cardiologista Oslan Francischetto é natural de Castelo, mas reside em São Paulo há sete anos. Ele faz parte de um grupo de voluntários que recebeu a vacina no estado paulista.
A vacina chinesa está na última fase de testes, que teve início em setembro. Ela é desenvolvida em parceria com o instituto Butantan. São duas doses. A primeira dose eu senti uma dor no braço, muito leve, por um dia. E na segunda dose eu senti a mesma dor, mas por um período de quatro dias, disse.
Segundo Oslan, as doses foram aplicadas no mês de setembro. Os voluntários que receberam a vacina passam por um acompanhamento presencial e online. As doses foram em setembro, no início e no final de setembro. O acompanhamento é feito em visitas presenciais, foram duas até agora com um intervalo de 30 dias entre uma e outra. E também fazem contato telefônico para saber de reações, afirmou.
A pós-doutora em epidemiologia e professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Ethel Maciel, explicou que a etapa de testes pela qual o médico passou faz parte da fase 3 da vacina. Agora, crianças e pessoas acima de 50 anos devem passar pelos testes.
Essa vacina passou pelas etapa das fase 1 e 2. Na fase 1 avalia a segurança e, na fase 2, avalia a eficácia, se a vacina tem condições de criar uma resposta imunológica. Agora, foi finalizada a primeira etapa da fase 3, com 9 mil voluntários, que são profissionais da saúde. Agora é que vai ser iniciada a fase em que vão incluir pouco mais de 500 crianças e pessoas acima de 50 anos, explicou.
Ainda segundo Ethel, os grupos prioritários, aqueles que receberão a vacina no primeiro momento, estão sendo definidos por grupos técnicos do governo.
O governo instituiu um grupo técnico para estudar isso. Quem vão ser as pessoas que estarão em grupos prioritários. Geralmente a gente começa por aqueles que tem uma chance maior de morrer, os que queremos proteger mais. Que no mundo inteiro e também aqui no Brasil tem sempre sido aquelas pessoas acima de 60 anos e pessoas com comorbidade, como diabéticos, hipertensos, obesos, destacou.
Com o avanço da vacina, a Secretaria de Estado da Saúde está se preparando para iniciar a imunização em 2021. Inclusive, as seringas para a aplicação já estão sendo compradas, como destaca o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.
O ES já tomou as providências para a aquisição das seringas. Agora, estamos aguardando por parte do Ministério (da Saúde) uma sinalização para quando a vacina estiver disponível, a gente iniciar de fato o pedido das seringas para serem entregues aos municípios, disse.
Com informações de Tiago Félix, da TV Gazeta
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