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Médico do ES dá dicas sobre como se comportar com a reabertura do comércio

Médico do ES dá dicas sobre como se comportar com a reabertura do comércio

Baseando-se em experiências de outros países e estudos publicados, o cardiologista Henrique Bonaldi lista medidas importantes para trabalhadores, empregadores e população em geral para uma eventual reabertura dos estabelecimentos na Grande Vitória

Publicado em 29 de abril de 2020 às 09:53

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Henrique Bonaldi, médico e professor universitário, fala sobre coronavírus
Henrique Bonaldi, médico e professor universitário, mostra preocupação com uma eventual reabertura do comércio na Grande Vitória. (Reprodução / Vídeo)

Mesmo com o Espírito Santo registrando o recorde negativo de mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas e já ultrapassando a barreira dos 2 mil casos da doença, o comércio e uma parcela significativa da população vivem a expectativa da reabertura flexibilizada dos estabelecimentos na próxima segunda-feira, dia 4 de maio, na Grande Vitória, conforme anúncio do governador Renato Casagrande

Diante desse cenário, um médico que atua no Estado deu algumas dicas, em seu perfil em rede social, de como deve ser o comportamento das pessoas que precisarem ir às lojas.

Por conta do evidente aumento do número de pessoas em circulação, seja trabalhador ou consumidor, os riscos de aglomerações aumentam à medida que cresce também a possibilidade do vírus da Covid-19 infectar mais pessoas. Para evitar que isso ocorra e amenizar esse possível cenário, o médico Henrique Bonaldi elaborou um protocolo de como se portar no ambiente externo. Para chegar às orientações, o cardiologista pautou-se por experiência de outros países e também estudos já publicados sobre a doença infecciosa.

"Desde o início dessa pandemia no Espírito Santo, tenho tentado ajudar com informações técnicas e responsáveis a respeito do que fazer com a doença a cada passo, a cada semana. No dia 4 de maio existe a possibilidade de o comércio reabrir. Se isso realmente, é imprescindível que mudemos alguns hábitos. É preciso informar pelo menos os quatro grandes grupos que irão voltar, são eles o empregador, o empregado, o dono de comércio de grande fluxo de pessoas e as pessoas que finalmente sairão ao trabalho", diz o médico.

EMPREGADORES

Para os empregadores, Bonaldi orienta ser importante gerar um ambiente com o menor risco possível para o empregado, intensificando o distanciamento mínimo de pelo menos 2 metros entre as pessoas, fornecer e cobrar o uso de máscara pelo funcionário, e a lavagem e higienização das mãos.

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"Empresas que possuam refeitório, por exemplo, quanto menos gente ocupando o mesmo espaço simultaneamente, melhor. Se for possível, o ideal seria fazer com que essas pessoas se alimentem em um ambiente aberto", destalha o cardiologista.

EMPREGADOS

Aos empregados, é fundamental respeitar as normas que o empregador vai dizer, fazer o uso da máscara de proteção facial e lavagem de mãos. Além disso, o médico pede atenção aos deslocamentos de chegada e saída do local de trabalho.

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Ir aos supermercados é uma das práticas mantidas, com restrições, durante à pandemia . (Fernando Frazão/Agência Brasil)

"Na ida ou volta, especialmente para quem usa o transporte público ou aplicativos de transporte, lembrar que esses ambientes provavelmente estarão contaminados. A sacada é suspeitar que sempre está contaminado e fazer disso motivo para fazer a lavagem das mãos e não encostá-las de forma alguma no nariz, boca, olho ou ouvido após qualquer tipo de contato.

DONOS DE COMÉRCIO

Para os donos de estabelecimentos, Henrique Bonaldi utiliza o exemplo das práticas já empregadas pelos supermercadistas. Segundo ele a disponibilização externa aos clientes de álcool em gel, álcool 70% líquido ou água e sabão para a assepsia das mãos porque o cliente tocará em muitas coisas no interior da loja. Além dessas medidas, o cardiologista orienta intensificar os cuidados com os empregados.

POPULAÇÃO EM GERAL

Para as pessoas que entenderem ser necessário sair de casa em uma eventual reabertura do comércio, Bonaldi lembra que ficar em casa não é uma questão de opção e sim de necessidade.

"Você que ainda pode ficar em casa por ter uma condição socioeconômica boa ou por conseguir trabalhar em home office (em casa), não saia. Fique em casa, pois isso é determinante para conter a evolução da doença. Caso a contraia, mas siga isolado, você vai estar evitando que pelo menos mais quatro pessoas por dia se contaminem. Mais do que isso, precisou ir à rua, coloque a máscara, lave as mãos copiosamente sempre considerando que o ambiente possa estar contaminado para que assim condicione seu cérebro a adotar a prática de higienização. Outra coisa, porém não menos importante é o distanciamento. Mantenha a uma distância segura de outra pessoa", pontua o cardiologista.

ATIVIDADE FÍSICA

Para as pessoas que pratiquem atividade física no meio externo, Bonaldi orienta ainda mais prudência, pois os riscos de contágio podem ser até maiores caso o praticante esteja contaminado. A orientação é procurar um local o mais vazio possível para se exercitar, dessa forma evitando que ao tossir, por exemplo, as gotículas alcance pessoas próximas.

Data: 20/03/2020 - ES - Vitória - Calçadão de Camburi com movimentos de pessoas - Editoria: Cidades - Foto: Ricardo Medeiros - GZ
Manter a maior distância possível para outra pessoa é uma recomendação para quem for se exercitar ao ar livre. (Ricardo Medeiros)

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Por fim, o médico orienta que a lavagem das mãos seja completa, incluindo todas as áreas, e também se faça, de preferência, a retirada das roupas e calçados do lado de fora de casa. Outra dica valiosa para se proteger está relacionada ao manuseio da máscara. Ginaldi pede que nunca a manipule pela parte frontal, apenas pelas hastes que vão atrás das orelhas ou da cabeça. É preciso trocá-las após perceber que a mesma ficou úmida em decorrência da respiração ou transpiração.

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