Tem quem diga não acreditar em coincidência, sorte, destino ou milagre, mas quando o menino João Miguel Silva, de 4 anos, caiu do décimo andar de um prédio, na tarde de terça-feira (26), no Centro de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, o médico ortopedista e traumatologista, Felipe Raminho, estava ali próximo e pode ajudar nos primeiros atendimentos à criança. O que seria isso? Cada um pode tirar a sua própria conclusão, mas ele conta como foi que atuou em um momento em que quem estava no local tinha emoções à flor da pele.
Ele seguia para uma consulta odontológica em um edifício próximo ao do acidente. Felipe relembra que um amigo o ligou para pedir orientações sobre o telefone que ele deveria ligar no momento. “Eu na hora disse para ligar para o Samu ou o Corpo de Bombeiros. Aí eu questionei onde essa criança estava. Ele me informou a localização e, quando me deparei, estava ali em frente”.
Segundo Felipe, rapidamente chegou uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e ele colaborou no trabalho para imobilizar o João Miguel. Neste momento, o médico acionou o Hospital Maternidade São José, para informar o ocorrido e solicitar que a recepção ao paciente fosse preparada. Em seguida, ele se direcionou para o hospital, onde também atua profissionalmente.
Só depois o médico se deu conta de como ocorreu o acidente. Ele não havia reparado, naquele primeiro momento, que uma rede - utilizada para afastar animais, como morcegos e pássaros, havia reduzido o impacto da queda da criança. A tela ainda se rompeu.
“É válido ressaltar que em um curto período que lá eu estava deu entrada o Samu e, a partir do momento que tomamos os primeiros procedimentos de imobilizar a criança, eu procurei entender qual seria a melhor forma de ajudar a criança ali. Foi quando eu tive a iniciativa de entrar em contato com o Hospital São José, que em um curto período de tempo, se preparou desde a entrada até os mínimos detalhes”, conta.
Médicos do hospital se prepararam para receber e atender o mais rápido possível. “Anestesistas, pediatras, pediatras intensivistas, neurocirurgião em contato, cirurgiã pediátrica e radiologista estavam de prontidão”, disse o médico.
Ele fala que, em cerca de 15 minutos, João Miguel foi atendido desde a recepção até realizar os exames de tomografia e ter o encaminhamento para o centro cirúrgico para os procedimentos de urgência e emergência.
Segundo Valdecir do Carmo da Silva, pai de João Miguel, a partir da tarde desta quinta-feira os médicos devem reduzir os sedativos para observarem como a criança vai reagir.
O menino teve um edema cerebral. O hospital informou que Miguel está em coma induzido para que o inchaço do cérebro diminuísse.
A Polícia Civil encaminhou o caso para Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente e ao Idoso (DPCAI) de Colatina para investigação.
*Com informações de Alessandro Bacheti, da TV Gazeta Noroeste
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