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Médico pediatra Dr. Louzada foi acusado falsamente de errar ao diagnosticar “pirraça” em criança

Médico pediatra Dr. Louzada foi acusado falsamente de errar ao diagnosticar “pirraça” em criança

A Rede Gazeta foi condenada a fazer uma retratação por uma reportagem exibida em 2005 na TV Gazeta, nos jornais A Gazeta e Notícia Agora e na Rádio Gazeta.

Publicado em 3 de dezembro de 2022 às 02:00

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Trecho da sindicância do CRM que foi arquivada após apurações. (Reprodução TV Gazeta)

A Rede Gazeta foi condenada a fazer uma retratação por uma reportagem exibida em 2005 na TV Gazeta, nos jornais A Gazeta e Notícia Agora e na Rádio Gazeta. Há 17 anos, veiculamos uma reportagem sobre uma denúncia de agressão dentro do Hospital Infantil de Vitória. Na época, o pai de uma menina de um ano e seis meses acusou o médico pediatra Antônio Louzada de dar um tapa na filha. O pai também ficou indignado com o diagnóstico que a menina recebeu do médico: o problema seria pirraça. Ao final das apurações, com sindicâncias no CRM e na Sesa, ficou demonstrado que o médico não cometeu nenhuma irregularidade, sendo inocente de todas as acusações feitas e publicadas pela Rede Gazeta.

Nas publicações impressas, afirmou-se que o médico só não foi preso por ser Tenente Coronel da Polícia Militar. Essa informação não condiz com a verdade pois na época o Dr. Louzada não estava em função militar, estava atendendo como pediatra civil, e não se valeu de sua patente para se esquivar de qualquer acusação leviana proferida pelo pai da criança.

No receituário do hospital infantil, o médico escreveu o diagnóstico da criança, de um ano e seis meses: pirraça. A criança chegou ao Pronto Socorro de ambulância, encaminhada pelo posto de saúde de Carapina. No dia 12 de maio de 2005, de acordo com o pai, o médico que atendeu a menina na Serra falou que ela estava com uma crise convulsiva, mas na hora do atendimento no Hospital Infantil de Vitória a menina já estava melhor. Ele ainda acusou o médio Antônio Louzada de ter dado um tapa na perna da criança. A Polícia foi chamada e o pai foi orientado pelos policiais a registrar queixa na delegacia.

Em nota, na época, o médico se defendeu. Disse que os livros acadêmicos prevêem "pirraça" como um distúrbio de comportamento que pode ser diagnosticado por um médico. E afirmou ainda que em nenhum momento agrediu a criança. Em decorrência das notícias veiculadas, a Secretaria de Saúde investigou o caso e uma sindicância também foi aberta pelo Conselho Regional de Medicina.

O médico pediatra Antônio Louzada entrou na justiça contra a Rede Gazeta. No processo, constam os resultados das sindicâncias feitas pelo Conselho Regional de Medicina e também pela Secretaria Estadual de Saúde. Em todas as apurações, o resultado foi que o médico não cometeu nenhuma irregularidade.

Na polícia, após a reclamação de agressão, a criança foi imediatamente levada ao DML, que realizou a perícia médica e não constatou qualquer agressão à menor. A sindicância do hospital infantil relatou que "tanto na primeira como na segunda consulta, ao chegar ao hospital, o estado da criança era aparentemente normal, ou seja, a criança estava bem. Ao sair do consultório na primeira consulta a criança aparentava estar bem. O médico que fez o primeiro atendimento, doutor Louzada, permaneceu calmo, mesmo quando foi provocado pelos familiares da criança.

As apurações apontaram que o quadro apresentado pela criança (...) apontam para uma característica de "perda de fôlego", "birra", "falsa convulsão", confirmando o diagnóstico inicial do dr. Louzada. A conclusão da sindicância é de que houve exagero por parte do pai e do avô da criança ao chamar a Polícia e a imprensa.

CONDUTA E DIAGNÓSTICO CORRETOS

O documento é assinado pela então diretora geral e pela assistente social do trabalho do hospital infantil. O Conselho Regional de Medicina ouviu o depoimento do médico Antônio Louzada e também de outros funcionários e médicos do hospital infantil. O relatório ressalta que o diagnóstico de pirraça existe, sendo inclusive abordado na literatura médica. Em depoimento, o médico Antônio Louzada negou ter batido na criança. Os funcionários ouvidos pelo CRM disseram não ter visto nenhuma agressão por parte do médico. E reforçaram a visão de que o pediatra é excelente com os pacientes e um ótimo profissional. Por fim, o relatório assinado pelo Dr. Ricardo José Baptista, recomenda o arquivamento da sindicância pelo Conselho Regional de Medicina, o que foi acatado pelos demais conselheiros. Com isso, o médico pediatra Antônio Francisco Louzada Gomes, foi considerado inocente de todas as acusações.

Trecho da sindicância da Sesa que aponta inocência do médico Antônio Louzada. (Reprodução TV Gazeta)

Com a exibição dessas informações, com os resultados das sindicâncias do conselho regional de medicina e da secretaria estadual de saúde, além do diagnóstico da criança, fica evidenciada a falsidade da denúncia que havia sido feita contra o médico em 2005, ficando claro também que a conduta e o diagnóstico do dr Louzada foram corretos. E, por isso, pedimos nossas sinceras desculpas ao doutor Antônio Francisco Louzada Gomes.

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