O médico Olímpio Barbosa de Moraes Filho, gestor executivo do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), da Universidade de Pernambuco, que coordenou o procedimento para interromper a gravidez da menina de 10 anos de São Mateus, deu uma breve entrevista ao ES 2, da TV Gazeta, e falou um pouco sobre a saúde da criança pós procedimento de aborto.
A interrupção da gestação, determinada pela Justiça capixaba, consistiu, em um primeiro momento, na injeção de medicamento para levar o feto a óbito. Ainda na noite de domingo (16) e na madrugada desta segunda-feira (17), teve início a segunda etapa, que foi a indução da expulsão do feto, também feita por medicamento. Essa etapa, com a limpeza total do útero, foi concluída no meio da manhã desta segunda.
"O principal fator de risco era a idade. Nós não temos experiência no mundo que respeita os direitos humanos com gravidez de 10 anos. Amanhã ela deve ter alta. Espero que ela seja bem acolhida no Espírito Santo, fiquei sabendo que o nome dela foi revelado nas redes sociais", disse.
De acordo com documento obtido por A Gazeta, a criança estava grávida de aproximadamente 22 semanas após ter sido estuprada. O tio, de 33 anos, que é o principal suspeito, está foragido. A menina chegou a ser internada no Hospital das Clínicas, em Vitória, mas uma equipe médica se recusou a fazer o aborto autorizado pela Justiça, alegando que "a idade gestacional não está amparada na legislação vigente."
A menina de 10 anos engravidou após ter sido vítima de estupro no município de São Mateus, no Norte do Estado. O caso foi descoberto no último fim de semana. De acordo com informações do boletim de ocorrência, ela chegou ao hospital, acompanhada por uma tia, que afirmou aos médicos que achava que a menina estava grávida.
Os profissionais da unidade notaram que a barriga da criança apresentava um volume e foi realizado um exame de sangue. O resultado do teste comprovou a gravidez e indicou que a menor já estava grávida há cerca de três meses.
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