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Médicos fazem atendimento gratuito por aplicativo criado por capixaba

Médicos fazem atendimento gratuito por aplicativo criado por capixaba

O aplicativo, chamado "Telecovid", que ajuda a identificar sintomas e gravidade da Covid-19, até o momento já permitiu a realização de mil atendimentos virtuais no país

Publicado em 21 de maio de 2020 às 20:45

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O aplicativo Telecovid
O aplicativo Telecovid. (Divulgação)

Uma plataforma que coloca pacientes em contato com médicos voluntários e estudantes de medicina, vem realizando atendimento virtual gratuito de pessoas com sintomas da Covid-19 desde o dia 2 de abril. Ele pode ser acessado pelo celular ou pelo computador. O aplicativo, que ajuda a identificar os sintomas e a gravidade do caso, chamado "Telecovid", foi idealizado pelo cardiologista capixaba Jamil Cade e criado a partir da parceria entre profissionais de São Paulo e do Espírito Santo. Está disponível para todo o Brasil. Até o momento já foram realizados mil atendimentos no país.

Pela plataforma, os pacientes com sintomas respiratórios ou suspeita de contaminação pela pandemia do novo coronavírus cadastram suas manifestações clínicas, doenças prévias e medicações em uso. A partir das informações, o sistema faz uma triagem e indica o risco de infecção e a gravidade. Casos de baixo risco recebem uma orientação automática da plataforma, enquanto as ocorrências de alto risco são direcionadas para atendimento médico.

O aplicativo pode ser acessado gratuitamente em www.telecovid.com. “O Telecovid permite a triagem, o monitoramento, a teleconsulta e a gestão dos dados em tempo real. A ferramenta reduz a procura a postos de saúde e hospitais em até 95%, ajudando a evitar a transmissão do vírus e a sobrecarga do sistema de saúde. Os dados em tempo real permitem conhecer, em todo território nacional, os locais de maior gravidade e frequência dos casos, contribuindo para medidas de saúde pública”, analisa o cardiologista capixaba Jamil Cade, idealizador da iniciativa.

O idealizador do aplicativo, o cardiologista capixaba, de Guaçuí, Jamil Cade
O idealizador do aplicativo, o cardiologista capixaba, de Guaçuí, Jamil Cade. (Divulgação)

VOLUNTÁRIOS

Cerca de 60 voluntários, entre médicos e estudantes de medicina, supervisionados por médicos, já estão atuando no Telecovid. Para quem tiver interesse de ingressar no sistema, atendendo aos casos considerados de alto risco na triagem, podem se cadastrar no site www.telecovid.com, na área "quero ser herói". A equipe responsável pela plataforma entrará em contato com os inscritos para montar uma escala de atendimento, nos horários mais convenientes para cada voluntário.

Os atendimentos médicos, também gratuitos, são realizados todos os dias da semana, das 7h às 19h. Além disso, o usuário do aplicativo pode entrar em contato com os médicos da plataforma a qualquer momento e quantas vezes precisar, para tirar dúvidas e relatar possíveis mudanças no quadro.

Nos casos graves, um profissional de saúde orienta o paciente sobre o que fazer. “Pacientes de alto risco são encaminhados para uma consulta com profissional de saúde, por telemedicina. Nessa consulta, cerca de 95% das demandas são resolvidas. Os 5% restantes são orientados a procurarem uma consulta presencial”, explica Cade.

DADOS

O aplicativo também faz a gestão dos dados da pandemia em tempo real, mostrados em painéis operacionais e epidemiológicos. Entre as informações, estão número de acessos à ferramenta, frequência de consultas, locais de ocorrência e gravidade do caso, além de sintomas e outros detalhes.

POSICIONAMENTO DO CREMESP

Acionado pela reportagem, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) informou que o médico deve estar atento às orientações do Conselho Federal de Medicina, que recomendou a telemedicina para alguns casos durante a pandemia de Covid-19. É importante que as pessoas, ao sentirem que algo está errado com sua saúde, consultem um médico e não se utilizem da automedicação. Para este período, o Cremesp recomenda que a população, caso necessite ir ao médico, siga as orientações preventivas como o uso de máscara, álcool gel e higienização constante das mãos.

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