O secretário de Estado de Governo, Tyago Hoffmann, afirmou que, caso o Espírito Santo atinja o limite da expansão de leitos de UTI na rede estadual de saúde, médicos vão ter que escolher quem vai viver ou quem vai morrer durante a pandemia do novo coronavírus. A fala do secretário, em entrevista ao Bom Dia Espírito Santo, da TV Gazeta, foi para alertar a população sobre a estrutura do sistema de saúde do Estado.
Segundo Hoffmann, o Estado já abriu mais de 1 mil leitos exclusivos para tratamento da Covid-19. Deste total, cerca de 600 foram de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O limite de expansão de UTIs será de aproximadamente 800 leitos. O secretário destacou que, além de estar próximo deste limite, não há condições físicas e financeiras para aumentar ainda mais, e afirmou que quando este limite for atingido, os médicos terão uma "dura missão".
Outra preocupação do governo é sobre os medicamentos para tratamento dos pacientes com a Covid-19. Apesar de garantir que não faltam remédios na rede estadual de Saúde, o secretário destaca que a demanda crescente em todo o país está fazendo com que os Estados tenham dificuldade para adquirir junto aos fornecedores.
Em relação aos medicamentos, ainda não está faltando nenhum medicamento nos leitos de UTI no Estado. Mas é sim uma preocupação e uma dificuldade. Porque, como está aumentando a quantidade de brasileiros em leitos de UTI, não está tendo medicamento suficiente no mercado nacional para abastecer todos os Estados. Então, é o alerta que estamos fazendo. Tem problema com medicamento, com equipe médica, de estrutura física. Não pode ser aberto leito de UTI de forma indefinida, de forma eterna. Uma hora os leitos vão acabar e nós teremos que escolher quais capixabas vão viver e quais vão morrer, afirmou.
Por isso, Hoffmann voltou a reforçar a necessidade do isolamento social por parte da população, destacando que leitos de UTI são os últimos recursos para salvar vidas. Segundo o secretário, o respeito às recomendações são as medidas efetivas para acabar com a transmissão da doença.
Nós precisamos fazer esse apelo aos capixabas, para que evitem sair de casa o máximo possível. Quem puder, fique em casa, faça o isolamento social, porque é ele que vai salvar vidas, e não o leito. Nós não podemos deixar que as pessoas cheguem nos leitos. E a única forma é respeitar o isolamento social, pois esse sim é que salva vidas, destacou.
Até este domingo (7), o Espírito Santo registrou 19.619 casos e 832 mortes confirmados pelo novo coronavírus. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e divulgados por meio do Painel Covid-19, plataforma onde são compilados todos os dados sobre a doença no Espírito Santo.
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