Em tempo de coronavírus, pacientes com doenças crônicas estão abandonando o tratamento. Os médicos alertam para o risco e afirmam que mesmo no confinamento é preciso manter a atenção com doenças como diabetes, cardíacas e pulmonares, por exemplo. Quem não faz o tratamento pode acabar piorando a doença que já tem. A recomendação para ficar em casa vale para situações desnecessárias, mas quem tem uma doença crônica precisa continuar procurando atendimento médico.
Especialistas e médicos dizem que pacientes com doenças crônicas, como diabetes, podem ter complicações graves com o coronavírus. O cardiologista Bruno Moulin lembra que essas doenças matam muito em todo o mundo e por isso a atenção não deve ser voltada apenas para a Covid-19 nesse momento.
"As doenças cardiovasculares são responsáveis por 30% das mortes no Brasil. Isso significa uma morte a cada 90 segundos, mais de mil mortes por dita. A diabetes, o AVC, os diversos tipos de câncer, bem como as doenças pulmonares não podem ter o seu tratamento interrompido. Além da mortalidade da própria doença, elas são fatores de risco para o aumento da mortalidade na infecção com coronavírus", alerta Moulin.
Segundo a Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, houve uma redução na procura por atendimento de pacientes que tem infarto, em cerca de 50%. Isso é uma preocupação porque pacientes com doenças cardiovasculares podem ter mais complicações caso tenham o coronavírus, assim como quem tem diabetes ou faz tratamento de câncer. Por isso essas pessoas tem que continuar com o tratamento que já faziam, mesmo ficando mais tempo em casa.
A Fabiana tem diabetes tipo 1. É uma doença hereditária, que não tem cura. Mesmo com 19 anos, por causa dessa doença, ela precisa tomar todos os cuidados possíveis e evitar sair de casa.
"Ficar em casa, lavar as mãos com água e sabão ou álcool em gel. Quando preciso sair nas áreas comuns do condomínio é sempre usando máscara. Estou usando aquelas máscaras de tecido, que tem sido recomendada", conta a estudante de Direito.
Por ter diabetes, ela diz que os cuidados com a doença também precisam continuar. Não só para evitar ter o coronavírus, mas para caso se contamine com o vírus não evolua para a forma grave da doença.
"Eu pego insulina na farmácia cidadã, mas com o coronavírus eu não tenho ido ao local. Por eu ser grupo de risco, o meu pai que está indo buscar o remédio" a gente não quer correr o risco", conclui.
Com informações de Kaique Dias, da TV Gazeta.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta