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Meia dose de AstraZeneca pode ser aplicada no futuro como reforço no ES

Meia dose de AstraZeneca pode ser aplicada no futuro como reforço no ES

Resultado preliminar de estudo em Viana mostrou que 99,8% dos participantes gerou anticorpos contra o coronavírus

Publicado em 5 de outubro de 2021 às 16:26

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Voluntários são imunizados no Viana Vacinada deste domingo (13)
Voluntários foram imunizados com a Astrazeneca no estudo no Viana Vacinada. (Carlos Alberto Silva)
Meia dose de AstraZeneca pode ser aplicada no futuro como reforço no ES

A meia dose da vacina da AstraZeneca, testada em massa em um estudo pioneiro em Viana, no Espírito Santo, pode ser utilizada como dose de reforço para a população geral no futuro, segundo o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes.

Em entrevista coletiva virtual nesta terça-feira (5), Nésio comemorou o resultado positivo do projeto Viana Vacinada que, embora ainda não tenha sido concluído, demonstrou em fase preliminar que é eficaz na produção de anticorpos contra o coronavírus de modo similar à dose padrão.

“Os resultados apresentados até este primeiro momento apresentam perspectiva de um rumo diferenciado na vacinação da população adulta em todo o mundo. Eles têm suscitado a possibilidade de que a dose de reforço, caso o estudo confirme, possa ser realizada com a meia dose da vacina da AstraZeneca”, afirmou. Essa vacina é produzida no Brasil pela Fiocruz.

O estudo feito em Viana deve ter as análises definitivas concluídas em novembro deste ano, com as publicações em revista científicas previstas para dezembro. Até lá, o secretário fez um apelo para que os participantes se atenham ao estudo e voltem para a segunda meia dose.

"Pedimos à população de Viana que não abandone o estudo. Porque o Viana Vacinada pode sem duvida alguma ter repercussão internacional de forma significativa, principalmente em países que ate agora não alcançaram a cobertura vacinal satisfatória", disse.

A pesquisa envolve 20 mil voluntários de 18 a 49 anos que receberam as meias doses num intervalo de oito semanas, em junho e em agosto, no município de Viana.

Logo após a primeira meia dose, o governo do Estado, que contribui com o financiamento do estudo, apontou que 88,3% dos vacinados tinham desenvolvido anticorpos. Agora, o resultado apresentado refere-se às duas aplicações que, conforme as análises, foram capazes de desenvolver a proteção em 99,8% dos participantes.

99,8%
dos participantes do Viana Vacinada produziram anticorpos contra o coronavírus

Neste mês, a Sesa se reunirá com representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) para apresentar esses resultados. A expectativa é de que, se houver confirmação na última fase da pesquisa, a meia dose possa ser utilizada em locais com escassez de imunizantes. 

A pesquisa é coordenada pelo Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes da Universidade Federal do Espírito Santo (Hucam/Ufes) em parceria com a Fiocruz, patrocinado pelo Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), com o apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e do Ministério da Saúde.

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