Uma menina de 5 anos, identificada como Maiara Godoy, morreu na noite desta quarta-feira (21) após a casa onde estava ser soterrada em um deslizamento de terra no distrito de Santa Marta, zona rural de Ibitirama, na Região do Caparaó. Outra residência vizinha, segundo a Defesa Civil, foi atingida parcialmente.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil do município, Herivelto Loura de Almeida, o deslizamento de terra aconteceu por volta 21h50, após uma chuva intensa. Duas casas foram atingidas. Na casa em que estava a menina, a informação é de que havia três pessoas e o imóvel foi totalmente destruído.
A Polícia Militar também foi acionada. No local, o casal contou que escutaram um forte barulho e em seguida foram surpreendidos pela terra que tomou a residência. Pai e mãe conseguiram pedir ajudar a vizinhos para tentar localizar a criança e ao encontrá-la, a encaminharam para o pronto socorro do município, porém ela faleceu antes de dar entrada na unidade.
Segundo a Polícia Civil o corpo da criança foi encaminhado para o Serviço Médico Legal (SML) de Venda Nova do Imigrante, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares. As circunstâncias do fato serão apuradas pela delegacia de Ibitirama.
A mãe da menina sofreu um corte no pé e também foi encaminhada à unidade de saúde. A família está abrigada na casa de parentes. O deslizamento, de acordo com o coordenador, foi em uma área onde seria feito um desvio de carretas. O outro imóvel atingido foi interditado e com isso, 8 pessoas estão desalojadas.
Na manhã de quarta-feira, o rio que corta o município transbordou por conta da chuva intensa. Segundo a Defesa Civil do município, algumas ruas do centro e próximas ao campo de futebol ficaram cobertas pela cheia do rio.
O nível normal do rio é de 1,4 metro, e segundo o coordenador da Defesa Civil, atingiu cota 6,8 metros. Mas, durante a tarde não choveu e o nível do Rio Braço Norte Direito baixou.
No local onde vivia a família da menina Maiara Godoy, o clima é de tristeza após a tragédia. O operador de máquina, Marcos Amorim de Carvalho, conta que chegou momentos após o deslizamento com uma máquina e levou a menina em seu carro para o hospital.
A vizinha, Natália Dias Gomes, conta viu que o deslizamento aconteceu e era um problema que havia sido comunicado ao município. “Caiu uma barreira e na segunda-feira e notificamos a prefeitura sobre o que estava acontecendo. Ficamos esperando a Defesa Civil, mas não mandaram ninguém. Ontem às 21h50 vi que terra tinha caído. Chamei eles para sair logo e quando entraram para pegar pertences vi tudo acontecer”, contou a moradora.
Sobre o local, a prefeitura disse que o local passa por obras, iniciada pelas gestões anteriores, e por conta de vários erros de projeto, o Ministério Publico do Espírito Santo (MPES) embargou a obra, não permitindo que a prefeitura atuasse em absolutamente nada no que tange a mesma.
“Estamos trabalhando para poder corrigir todos esses erros, porém infelizmente esbarramos nas burocracias peculiares de uma demanda como essa. Mas, estamos atentos e com toda a máquina pública a disposição da população para atendê-los nesse momento tão difícil”, informou o município por meio de nota.
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