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Menina é agredida por não passar cola para outras alunas em Cachoeiro

Menina é agredida por não passar cola para outras alunas em Cachoeiro

De acordo com a mãe da vítima, a filha foi agredida por cerca de 10 meninas que bateram nela com socos, chutes, tapas e puxões de cabelo; aluna voltou a apanhar nesta terça (23)

Publicado em 24 de agosto de 2022 às 16:47

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Uma briga entre alunas de uma escola estadual em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, repercute nas redes sociais desde a semana passada. Na última sexta-feira (19), uma menina de 12 anos foi agredida ao fim da aula com socos, chutes, tapas e puxões de cabelo por diversas estudantes, no meio da rua do bairro Coronel Borges. Segundo a mãe da jovem, o motivo teria sido porque ela não passou cola de uma prova para outras estudantes.

Menina é agredida por não passar cola para outras alunas em escola de Cachoeiro
A briga foi registrada após as alunas saírem da escola na última sexta-feira (19), em Cachoeiro de Itapemirim. (Redes sociais)

Para a reportagem de A Gazeta, a mãe da menina agredida – que não será identificada – contou que a briga começou ainda dentro da escola, quando a filha se negou a passar a cola. “Elas (as alunas) alegam que ela (a vítima) estava debochando, porque falou que se elas quisessem tirar nota boa, teriam que estudar”, disse. Segundo a mãe, esse não seria motivo para confusão.

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Juntaram 10 meninas para cima dela, para bater nela

Mãe
Não identificada
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A mãe disse, também, que conversou com a diretora da escola a respeito do ocorrido. “A diretoria expulsou quatro meninas, mas o restante está lá”, falou. Além disso, a mãe ainda pediu uma reunião com os responsáveis pelas alunas envolvidas na briga, contudo, a representante do colégio estadual negou.

A reportagem entrou em contato com a diretora da escola, porém, ela informou que não está autorizada a falar.

OUTRA AGRESSÃO

De acordo com a mãe da vítima, a filha sofreu outra agressão nessa terça-feira (23). Ela explicou que a menina foi agredida novamente na escola com rasteiras, socos e puxões de cabelo. Além disso, ela também está recebendo ameaças, inclusive foi criada uma página de fofoca sobre a jovem nas redes socais. “Fiz boletim na polícia. Essa página é para difamar e falar mal dela”, comentou.

“A minha filha disse que as meninas sempre implicaram com ela, mas não era tão grave, não envolvia violência, só palavras, porque acham que ela é debochada”, informou.

O QUE DIZ A SEDU

Secretaria de Estado da Educação (Sedu), por meio da Secretaria da Superintendência Regional de Educação (SER) explicou, em nota, que “apesar do fato ter ocorrido fora do ambiente escolar as medidas cabíveis foram tomadas, de acordo com o Regimento Escolar. As famílias das alunas foram ouvidas e, a pedido, as estudantes foram transferidas para outras unidades. Esclarece também que são desenvolvidas atividades pedagógicas multidisciplinares, trabalhando conceitos como o respeito ao próximo, bullyng, dentre outros assuntos”.

O QUE DIZ A POLÍCIA

A Polícia Militar (PM) informou que o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes) recebeu a informação de que alunos de uma escola estavam agredindo uma menina no bairro Coronel Borges, na tarde da última sexta-feira (19). “No endereço indicado, a equipe foi informada que as partes já haviam saído do local, não sendo localizadas. Não houve acionamento no dia de ontem (23)”, completou.

Já a Polícia Civil (PC) comunicou que “lesão corporal é um crime que depende da manifestação por parte da vítima, para que haja investigação".

Após a mãe da menina informar o número do boletim de ocorrências, a PC enviou, no início da noite desta quarta-feira (24), uma nota dizendo "que a mãe da vítima esteve na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente e Idoso (DPCAI) de Cachoeiro de Itapemirim e, foi feito o encaminhamento da adolescente para realizar o exame de corpo de delito. A mãe e a vítima prestarão depoimento sobre o assunto nesta semana. As duas agressoras, menores de idade, não estão mais matriculadas no colégio. O Conselho Tutelar de Cachoeiro de Itapemirim está acompanhando o caso".

Errata Atualização
24 de agosto de 2022 às 19:53

Após a publicação da reportagem, a PC informou que a mãe registrou um boletim. A reportagem foi atualizada.

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