A menina Ana Júlia, de apenas 5 anos, que sobreviveu após cair do 6º andar de um prédio em Jacaraípe, na Serra, já respira sem a ajuda de aparelhos e voltou a conversar normalmente nesta segunda-feira (21). Ela segue internada no Hospital Infantil de Vitória, mas o estado de saúde dela apresenta melhora.
Neste domingo (20), os médicos já haviam diminuído a sedação e a menina abriu os olhos pela primeira vez após o acidente. Ela foi retirada dos tubos de respiração nesta segunda (21). Com as boas notícias a família está aliviada, segundo o pai de Ana Julia, Denilson Fernandes Siqueira. A mãe, Bethania Fonseca, contou ainda que a criança até brincou com as enfermeiras.
Ana Júlia passou por uma cirurgia na perna no sábado (19). A operação foi bem-sucedida, de acordo com a família. Ainda no sábado, Bethania disse ainda que Ana Júlia apresentou uma lesão em um órgão interno, que ela não soube especificar, mas foi informada pela equipe médica que não é nada grave. Os avós da garota também contaram que ela quebrou um dos braços.
Também foram feitos outros exames como uma tomografia na cabeça, que não mostrou nenhum problema neurológico causado pela queda.
O pai de Ana Júlia, que estava na sala do apartamento no momento da queda, disse à reportagem da TV Gazeta que a filha brincava em uma cama perto da janela quando caiu de uma altura estimada em 18 metros. A mãe havia saído para comprar um refrigerante. Quando voltou, viu a filha no chão e ficou desesperada.
Ana Júlia caiu sobre uma moto que estava estacionada ao lado do prédio, e depois no chão. Segundo vizinhos que prestaram os primeiros socorros, a criança não apresentava sinais de que estivesse gravemente ferida. Inicialmente, ela estava desacordada, mas minutos depois acordou chorando, dizendo o nome e chamando pela mãe. Uma viatura do Corpo de Bombeiros fez o resgate e levou a menina para o Hospital Infantil, em Vitória.
Vanessa Alves, vizinha que prestou os primeiros socorros, contou que a filha dela escutou um barulho forte, e logo pensou que alguém tinha caído. Para ela, a sobrevivência de Ana Júlia foi um milagre.
Quando olhamos, a menina estava no chão. Eu e meu marido descemos e vimos a menina desacordada. Quiseram levar ela para o pronto-socorro, mas não deixamos. Esperamos a chegada dos bombeiros. Ela estava desacordada. Eu e as vizinhas começamos a orar e foi um milagre. Ela foi voltando, falava o nome dela e começou a chorar, chamando pela mãe dela. Ela chorava de dor, relatou.
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