O estudante Raphael Rodrigues Alves, de apenas 13 anos, morreu após se afogar em uma lagoa formada pelas chuvas no bairro Taquara II, na Serra. A morte por afogamento ocorreu na tarde desta terça-feira (2), e, de acordo com o pai do garoto, Renner Eduardo Alves Pereira Rodrigues, o menino nadava com outras crianças quando se afogou. Ele contou que a lagoa estava em uma área privada, e não havia sinalização ou cerca que indicasse ser proibido entrar.
À reportagem da TV Gazeta, Renner disse que estava no terraço da casa onde mora quando ouviu um grupo de crianças falar o nome de Raphael. Ele olhou para baixo e viu as crianças chorando. Na sequência, o pai perguntou aos meninos o que havia acontecido e depois descobriu que o filho havia se afogado.
"Eu perguntei o que aconteceu e eles disseram que estavam em uma lagoa no bairro Taquara II, só que eu não conheço nenhuma lagoa ali. Eu perguntei o que aconteceu, se ele tinha morrido. Eles balançaram a cabeça dizendo que sim e entraram em desespero. Na hora, o que eu fiz foi descer correndo, peguei o carro e fui até o local, mas quando cheguei realmente não tinha nada o que fazer", contou.
Renner detalhou que ao chegar na lagoa viu o filho deitado próximo à margem. Ele foi orientado por policiais que estavam no local para não retirar o corpo do menino do lugar, pois a perícia da Polícia Civil havia sido acionada. Renner explicou que a área era privada, mas que não estava sinalizada ou cercada, o que permitiu a entrada das crianças. Ele ainda fez um apelo, para que tragédias como essas não se repitam.
"Era uma área privada, não tinha placa informando do perigo, não tinha placa dizendo que não poderia entrar, não tinha nada que impedisse as crianças de entrar. E fiquei sabendo que não era a primeira vez que eles entravam ali, que há alguns dias eles já estavam tomando banho naquele local. Aí fica a indignação. Uma área privada, que deveria ser murada, ter uma cerca ou alguém tomando conta, não tinha ninguém, deixando um monte de criança entrar ali", afirmou.
Renner também completou dizendo que a lagoa formada pelas chuvas ficou muito funda, por conta da quantidade de terra que foi retirada. Ele disse que, no início da lagoa, não é possível perceber a profundidade, mas, ao entrar, vai ficando mais fundo, o que pode ter feito com que Raphael se afogasse.
"No local onde ele se afogou foi formada uma grande cratera. Com a chuva intensa, alagou muito, ficou como uma lagoa, estava muito fundo. No início, quando você entra, não percebe, mas depois vê que é muito fundo", finalizou.
Acionada pela reportagem de A Gazeta, a Polícia Civil informou na noite desta quarta-feira (3) que o fato seguirá sob investigação no 12º Distrito Policial, e que os laudos periciais serão encaminhados à delegacia quando concluídos.
Em nota, a Prefeitura da Serra afirmou que lamenta a morte de Raphael e que o dono da propriedade será notificado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano para que a área seja cercada ou murada, conforme o Código de Posturas Municipal.
Com informações de Kaique Dias, da TV Gazeta
A Polícia Civil informou que o caso será investigado. A matéria foi atualizada.
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