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Mercado da Capixaba será entregue em julho após mais de 20 anos fechado

Mercado da Capixaba será entregue em julho após mais de 20 anos fechado

Localizado entre as avenidas Jerônimo Monteiro e Princesa Isabel, espaço recebeu um investimento da ordem de R$ 9 milhões e deve contar com lojas de produtos ligados à culinária e à cultura do Espírito Santo

Vitória

Publicado em 26 de junho de 2024 às 11:13

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Veja como vai ficar o Mercado da Capixaba após a reforma
Projeção de como ficará o Mercado da Capixaba após reforma. (Prefeitura de Vitória)
João Barbosa
Repórter / [email protected]

De portas fechadas há mais de 20 anos após um incêndio que deteriorou sua estrutura, o Mercado da Capixaba será entregue no início de julho no Centro de Vitória. O espaço, que voltou a ser revitalizado em agosto de 2022, terá suas chaves entregues à empresa responsável por sua gestão no próximo dia 4, às 10h, segundo o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos).

Localizado entre as avenidas Jerônimo Monteiro e Princesa Isabel, o Mercado da Capixaba recebeu um investimento da ordem de R$ 9 milhões e deve contar com 16 lojas, que vão oferecer itens de artesanato, livrarias, cafeterias, lanchonetes e produtos que remetem à cultura e à gastronomia do Espírito Santo. Além disso, um espaço no pátio interno poderá receber eventos como exposições e shows.

De acordo com estimativa da Prefeitura de Vitória, com o retorno do polo cultural e econômico, a expectativa é de que o local seja capaz de gerar cerca de 200 empregos diretos e indiretos.

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O Mercado da Capixaba vai servir como gancho para uma retomada do comércio no Centro de Vitória. Nossa expectativa é que empregos sejam gerados, que a economia da região se fortaleça e que o público volte a ocupar o Centro

Sydney Ferreira
Presidente da Associação dos Comerciantes do Centro de Vitória
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O que vai ter no Mercado da Capixaba?

  • As lojas 01, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10 e 12 devem abrigar restaurantes, bares, choperias e cervejarias artesanais, lanchonetes, bistrôs, cafeterias, pastelarias e confeitarias;

  • Para as lojas 02, 11, 13, 15 e 16, é sugerido: sorveteria, empório ou mercearia, boutique de carnes, comercialização no sistema varejista de produtos hortifrúti, laticínios, doces, salgados e assemelhados, bares, choperias e cervejaria artesanais, lanchonetes, bistrôs, cafeterias, pastelarias, confeitarias;

  • Para os módulos 03 e 14, são esperadas lojas de artesanato — local e regional, como de panelas de barro —, galeria de arte, livraria ou sebo, souvenires e floriculturas;

  • Por fim, nas salas 01 e 02, que ficam no mezanino, são esperados: auditórios, salas de projeção, pubs ou bares temáticos, choperias e cervejarias artesanais, bistrôs, cafeterias, confeitarias e serviços financeiros. 

O que não não vai ter?

O diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento do Turismo e Inovação de Vitória (CDTIV), Marcus Gregório, reforçou que o mercado tem o objetivo de ser um espaço público voltado ao turismo e, por isso, alguns tipos de negócio estarão vedados, justamente para que esse perfil seja mantido. São eles:

  • venda de eletroeletrônicos;
  • venda de artigos de celulares;
  • comércio de veículos automotores;
  • venda de móveis e utensílios para casa que não sejam artesanais;
  • lojas de materiais de construção;
  • venda de brinquedos industriais;
  • lojas de informática e acessórios;
  • serviços de telefonia e internet;

A gestão do Mercado da Capixaba

Em março, a Companhia de Desenvolvimento, Turismo e Inovação de Vitória (CDTIV) lançou o edital de concessão para gestão do mercado. Em maio, uma empresa de Rio das Ostras, no Rio de Janeirochegou a vencer o certamemas foi desclassificada após não apresentar capacidade técnica para gerir o empreendimento capixaba.

Com isso, o Instituto Brasileiro de Gestão e Pesquisa (IBGP), de Belo Horizonte, em Minas Geraisfoi cotado para a gestão, já que era a segunda empresa colocada no pregão, com lance de R$ 55 mil.

Com o contrato, a empresa mineira será responsável por gerir o mercado pelos próximos cinco anos, com possibilidade de prorrogação pelo mesmo período.

No processo de gestão, a prefeitura promete dar desconto no aluguel do espaço, que tem sua base calculada de acordo com o reajuste anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No primeiro ano, a concessionária pagará apenas 60% do valor oferecido na licitação. No segundo, passará a pagar 70%, 80% no terceiro e, sucessivamente, até o pagamento do valor integral oferecido no certame.

Inaugurado em 1926 e tombado pelo Conselho Estadual de Cultura em 1983, o quase centenário Mercado da Capixaba se deterioriou após um incêndio que causou danos estruturais em 2002.

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