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Mercado da Capixaba vai ter 16 lojas e deve ficar pronto até junho

Mercado da Capixaba vai ter 16 lojas e deve ficar pronto até junho

Durante coletiva realizada nesta quarta-feira (17), foi anunciado o modelo de concessão; metade dos futuros restaurantes do mercado deverá ficar abertos todos os dias

Publicado em 17 de janeiro de 2024 às 21:25

Ícone - Tempo de Leitura 4min de leitura
Projeção do novo Mercado da Capixaba após as obras de restauração
Projeção do novo Mercado da Capixaba após as obras de restauração. (PMV)
Felipe Sena
Repórter / [email protected]

Depois de mais de 20 anos de espera, o Mercado da Capixaba, em Vitória, voltará a ser aberto ao público com 16 lojas, que irão variar de 23m² a 103m². A prefeitura da Capital apresentou, nesta quarta-feira (17), o modelo de concessão para os espaços, que poderão ser ocupados por comércios de artesanato, obras de arte, livros, produtos do agronegócio do Espírito Santo, além de estabelecimentos vinculados à gastronomia, como bares e restaurantes.

A previsão da administração municipal é de que o Mercado da Capixaba esteja pronto até junho, tempo necessário para atender a possíveis ajustes solicitados pela empresa que vai assumir a concessão. Segundo informações da prefeitura, 70% da obra está concluída. Entre as etapas que ainda precisam ser terminadas estão climatização, pintura, piso, instalações elétricas e hidráulicas e sistema de combate a incêndios.

70% DA OBRA
JÁ FOI CONCLUÍDA, SEGUNDO A PREFEITURA DE VITÓRIA

Opões gastronômicas todos os dias

Entre as obrigações da empresa que assumirá a concessão, está a de manter metade dos estabelecimentos voltados à gastronomia abertos todos os dias, podendo haver alternância entre eles. Além disso, nos primeiros 90 dias, a concessionária deve garantir o funcionamento de metade do total dos módulos comerciais do mercado e, em até 180 dias, 80%. Ainda não há informações sobre quando será aberta a concorrência para interessados em gerir o espaço.

Música ao vivo com autorização da prefeitura

Música ao vivo na área externa e eventos deverão ter alvará de autorização. Segundo Gregório, a exigência tem o objetivo de garantir o cumprimento, por exemplo, dos limites de poluição sonora. "O concessionário terá uma margem de trabalho muito boa, mas a gestão estará presente para manter a harmonia", disse o diretor-presidente da CDVT.

40% de desconto no 1º ano de aluguel

Outro benefício que a prefeitura pretende dar à empresa que assumirá o Mercado da Capixaba é desconto no aluguel, que terá como base do reajuste anual o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No primeiro ano, a concessionária pagará apenas 60% do valor oferecido na licitação. No segundo, passará a pagar 70%, 80% no terceiro e, sucessivamente, até o pagamento do valor integral oferecido no certame. 

O que não poderá ter 

O diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento do Turismo e Inovação de Vitória (CDVT), Marcos Gregório, reforçou que mercado tem o objetivo de ser um equipamento público voltado ao turismo e, por isso, alguns tipos de negócio estarão vedados, justamente para que esse perfil seja mantido. São eles:

Mais de 20 anos de espera pela reforma

Um incêndio em uma loja de artigos esportivos em 2002 destruiu o telhado e causou danos à estrutura do Mercado da Capixaba. Desde então, o espaço foi se deteriorando, esperando por uma reforma. Em janeiro de 2020, foi prometido que a obra teria início até o fim do primeiro semestre daquele ano. Por causa da pandemia, os trabalhos foram adiados.

No ano seguinte, 2021, a prefeitura divulgou uma nova previsão para o início da reforma: primeiro semestre de 2022. Na época, o então secretário de Desenvolvimento da Cidade e Habitação (Sedec), Marcelo de Oliveira, alegou que o projeto que se tinha até o momento era muito conceitual para que fosse contratada uma empresa para as obras.

Já no início 2023, a promessa dada foi de que a obra ficaria pronta até o final do primeiro semestre de 2024. De acordo com a prefeitura, esse ainda é o prazo para entrega.

Construção histórica

Construído durante o governo de Florentino Avidos (1924-1928), o espaço surgiu como substituto do antigo mercado municipal que ocupava o mesmo local. Sua localização estratégica na Avenida Jerônimo Monteiro, no Centro de Vitória, o tornou um ponto importante para a comunidade.

O edifício de dois andares desempenhou diferentes papéis ao longo do tempo. Inicialmente, no pavimento superior, abrigou o Hotel Avenida até a década de 1940. Na década de 1950, o hotel foi substituído pelo auditório da Rádio Club do Espírito Santo. Em 1996,o edifício passou a ser sede da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo no segundo pavimento. O Mercado da Capixaba adquiriu o status de patrimônio histórico do Centro de Vitória em 1983.

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