A empresa responsável pelo projeto de construção de um mergulhão no cruzamento das avenidas Reta da Penha e Rio Branco, em Vitória, pediu mais tempo para concluir os estudos. A iniciativa tem o objetivo de melhorar o trânsito na região, mas algumas dificuldades encontradas no solo e na estrutura do entorno podem encarecer a obra e até torná-la inviável.
O secretário municipal de obras, Gustavo Perin, disse que solicitou, nesta semana, estudos complementares à empresa responsável pelo projeto. A expectativa da Prefeitura de Vitória era ter o edital para a contratação da obra já no final do primeiro semestre deste ano.
“É um grande desafio aquele cruzamento, até pela geologia do lugar. É um desafio da engenharia fazer essa obra. Vou trabalhar com rebaixamento do lençol freático, estruturas de concreto, estacas... isso tem uma influência nas construções adjacentes”, declarou.
Ele explicou que é necessário se aprofundar mais nos projetos para saber a viabilidade. “Hoje não está sendo viável. A gente acha que serão necessárias muitas estruturas para fortalecer as edificações adjacentes, mas a empresa pediu um prazo e estamos prorrogando a entrega de orçamento e solução de engenharia até o final de abril", pontuou.
A ideia do mergulhão é deixar o trânsito mais livre em um dos cruzamentos apontados como um dos principais gargalos do município. Alguns fatores, como a variação no tipo de solo, a quantidade de rede de esgoto, o lençol freático e a necessidade de drenagem e estações de bombeamento, têm dificultado a iniciativa.
“A gente precisa ter certeza de que essas soluções vão ficar de pé, porque a gente vai fazer uma intervenção na cidade e tem que entender que isso, do ponto de vista financeiro, vai ter um retorno na construção. Não dá para a gente começar uma obra e achar surpresas no caminho”, explicou o secretário.
Além do projeto previsto para a Reta da Penha e Rio Branco, a prefeitura estuda a instalação de outros dois mergulhões: um entre as avenidas Dante Michelini e Norte Sul, e outro no cruzamento da Fernando Ferrari com a Simão Nader. Todos constam no planejamento estratégico que antecedeu o programa de investimento de R$ 1 bilhão na cidade.
Segundo Gustavo Perin, o mais adiantado é o da Dante Michelini com a Norte Sul. A conclusão dos projetos foi mantida para o final de março deste ano, e os editais de licitação podem ser publicados ainda no primeiro semestre.
Já entre a Fernando Ferrari e a Simão Nader, os estudos de concepção existem, mas é necessário avançar em relação às soluções para a macrodrenagem e implicações com o sítio aeroportuário. Por causa disso, o secretário disse que pediu até junho para finalizar os estudos.
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