O período de chuvas fortes que atingiu o Norte do Espírito Santo já passou, mas moradores do município de Linhares ainda sofrem com os impactos dos temporais. Há quatro meses cerca de 20 famílias moradoras da região de Canto Grande, no bairro Farias, continuam totalmente ilhadas. A estrada de terra que liga a comunidade ao distrito Pontal do Ipiranga virou um pântano, depois dos alagamentos.
Para sair da comunidade, os moradores precisam se arriscar em meio a água para chegar à sede da cidade. Sem previsão de que o problema seja solucionado, quem vive na região se sente esquecido.
Alunos da comunidade também precisam sair cedo de casa para atravessar a estrada alagada e conseguir pagar o transporte público até a escola.
O estudante Rhaylan Chaves, de 16 anos, faz o percurso todos os dias de bicicleta. “É cansativo. Chegar em casa e quase não ter tempo para fazer nenhum dever, porque chega cansado. E ainda ter que acordar cedo para o outro dia, fica difícil”, conta o adolescente para o repórter Tiago Félix, da TV Gazeta Norte.
Até serviços básicos, como a manutenção da rede elétrica da região, estão impossibilitados. Técnicos da concessionária de energia, que presta serviços no município, não conseguem atravessar a estrada.
“Estamos ilhados desde o ano passado. É feio a situação. Sempre que vem carro aqui, volta para trás, porque não tem como passar. Carro e moto não estão passando aqui não”, afirma o tratorista Júlio César dos Santos.
Ilhados e sem assistência, os moradores esperam por uma solução. “Eles precisam cavar uma vala ali. É muita água e não tem como secar”, diz Alaíde.
Para a reportagem da TV Gazeta, a Secretária de Obras de Linhares informou que foi ao local e as intervenções na estrada dependem da redução da umidade do solo.
A Prefeitura disse ainda que, do trecho da estrada em diante, não identificou comunidade de moradores. Segundo a administração municipal, desde dezembro estão recuperando as estradas danificadas e os atendimentos ocorrem conforme a gravidade da situação.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta