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Mil professores da rede estadual do ES vão continuar trabalhando de casa

Mil professores da rede estadual do ES vão continuar trabalhando de casa

Essa é a projeção de profissionais vinculados à Secretaria de Estado da Educação (Sedu) com problemas de saúde que os coloca no grupo de risco  para a Covid-19

Publicado em 14 de outubro de 2020 às 06:01

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Crianças na sala de aula levantando o dedo para responder a pergunta da professora
As atividades que o professor preparar para o ensino remoto também poderão ser usadas em sala de aula. (shutterstock)
Mil professores da rede estadual do ES vão continuar trabalhando de casa

As escolas da rede estadual retomaram as atividades presenciais nesta terça-feira (13), mas nem todos os professores voltam para a sala de aula. A estimativa é que mil profissionais continuem trabalhando de casa porque apresentam comorbidades, tais como diabetes e hipertensão, que os coloca no grupo de risco para a Covid-19

O secretário estadual da Educação, Vitor de Angelo, fez a projeção com base nas informações a que teve acesso sobre os profissionais que se autodeclararam com comorbidades e que, depois, apresentaram laudo médico indicando sua condição de saúde e o risco do trabalho presencial. 

Vitor de Angelo afirma que, diante do afastamento desses professores das escolas, a Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Segerh) já autorizou a contratação de profissionais para substituí-los, mas o secretário ressalta que a conta não será necessariamente um para um, ou seja, não haverá um temporário para cada educador afastado.

Isso porque a contratação se dará conforme a demanda. Se uma escola tem sete professores com comorbidades afastados,  mas um número reduzido de alunos em atividades presenciais, exemplifica Vitor de Angelo, provavelmente, não será necessário admitir sete novos profissionais. Cada situação será avaliada de acordo com suas peculiaridades.

Apesar de serem mantidos em casa, esses profissionais continuam trabalhando para a rede. Eles poderão produzir conteúdos para as Atividades Pedagógicas Não Presenciais (APNPs), ou outras práticas de ensino que sejam orientadas pela escola onde atuam. 

NA SALA DE AULA

Já os profissionais que voltam para as salas de aula terão outras rotinas, porém Vitor de Angelo assegura que o fato de haver turmas presenciais e remotas não vai levá-los a uma jornada ampliada de trabalho. O secretário explica que o planejamento de aula que o professor vai fazer para os alunos poderá ser aproveitando para um grupo ou outro.

"As aulas na rede estadual são assíncronas. Não estamos falando de aula aqui e aula lá, de professor cuidando de duas turmas ao mesmo tempo. São dois momentos separados, não só fisicamente, mas também no tempo. Então, a ideia é que o professor continue preparando a APNP, a sua aula como momento de reforço, de recuperação, de revisão, e quando prepara para a atividade não presencial, ele pode repetir isso em sala. Dessa maneira, ele vai ter tempos de planejamento que nem sequer serão utilizados", aponta.

Vitor de Angelo lembra que toda a estratégia está pontuada no plano de retorno da Sedu, que foi trabalhado, segundo ele, de forma  a otimizar os esforços dos educadores. Outra orientação que consta desse planejamento é a possibilidade de os professores trabalharem por área de conhecimento, em vez de disciplina, reduzindo tanto o volume de atividades para eles quanto para os alunos.

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"Além de aliviar a carga de cada um, preparar as aulas por área mantém o ensino mais interessante, mais atrativo. E pode ser usada a metodologia ativa, por projeto ou investigação. Demos várias formações sobre isso. É claro que os professores também podem fazer diferente, mas, se não for por área, estou certo que não caberá no tempo das pessoas, nem será tão efetivo", argumenta. 

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