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"Milagre", diz mãe sobre recuperação da filha apedrejada em Aracruz

"Milagre", diz mãe sobre recuperação da filha apedrejada em Aracruz

Claudineia Carvalho Monte Belo teve alta na última segunda (22). Ela estava internada  no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra, desde 14 de julho após ser agredida por vizinho

Publicado em 25 de agosto de 2022 às 14:45

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Claudineia está na casa da mãe se recuperando das agressões
Claudineia está na casa da mãe se recuperando das agressões. (Heber Thomaz)

Após ficar internada por quase 40 dias, Claudineia Carvalho Monte Belo – que foi apedrejada por um vizinho em Aracruz, no Norte do Espírito Santo – recebeu alta médica na última segunda-feira (22). O crime aconteceu no dia 14 de julho deste ano. A mulher se recupera das agressões que sofreu e está na casa da mãe. "Foi um milagre do senhor", disse a doméstica Joana Carvalho sobre a filha ter sobrevivido à agressão.

Em entrevista ao repórter Tiago Félix, da TV Gazeta, Joana disse que pessoas a procuravam dizendo que oraram pela recuperação de Claudineia. A doméstica conta que ouviu de médicos que a filha dela poderia não sobreviver. “Creio que foi um milagre do senhor. Para os médicos, ela não voltava mais”, disse.

Claudineia não precisou passar por cirurgias, mas ainda tem dificuldades de locomoção e para se comunicar. Mesmo assim, ela fez questão de agradecer a quem rezou por ela. “Queria agradecer a quem orou por mim, em nome de Jesus”, disse, com dificuldade. 

Claudineia agradece as orações de todos
Claudineia agradece as orações de todos. (Heber Thomaz)

SOBRE O CRIME

Claudineia foi encontrada ferida no chão, desacordada no meio da rua, após sofrer o ataque na noite do dia 14 de julho deste ano. Havia muito sangue e o paralelepípedo utilizado para desferir a pedrada estava ao lado dela. Em estado grave, ela foi socorrida inicialmente para o Hospital São Camilo, m Aracruz, mas precisou ser transferida com urgência para o Hospital Jayme Santos Neves, na Serra.

Na ocasião, o delegado André Jaretta, titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, explicou que as investigações apontavam que tudo teria acontecido após o agressor – João Vitor Gomes dos Santos, de 20 anos – sair de casa para beber sozinho e chegar em casa de madrugada. A vítima e o suspeito são vizinhos e moram no mesmo terreno.

“As investigações revelaram que ele se deparou com o portão da casa fechado e, possivelmente embriagado, chutou o portão e começou a gritar. Vendo o estado dele agressivo, a vizinha tentou acalmá-lo. Nesse momento, ele ficou ainda mais agressivo e partiu para cima dela com socos, pontapés e a derrubou. Ela ficou indefesa, e o indivíduo passou a golpeá-la na cabeça. A vítima ficou bastante ferida", relatou o delegado, à época.

Joana disse que a filha tentou acalmar o vizinho. “A Néia falou: 'Vai para dentro de casa, não faz isso com ela, não’. Aí ele disse: ‘Não se mete não, Neia. Eu bato até em você’, e passou a agredi-la. A mulher dele correu para dentro de casa e ligou para a polícia”, contou a mãe de Claudineia.

PRISÃO E PEDIDO DE JUSTIÇA

João Vitor foi preso em flagrante nas proximidades do local do crime, minutos após a agressão. Na delegacia, ele negou que tenha cometido o crime, mas a companheira dele relatou à polícia que viu o homem agredir e tentar matar Claudineia.

"Apesar de a própria companheira ter confirmado que o viu agredindo e tentando assassinar a vítima, além de testemunhas presenciais terem o reconhecido, ele falou que a polícia estava passando no local e o prendeu, o que claramente não é verdade”, disse o delegado.

Desde o dia do crime, João Vitor permanece no sistema prisional, no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Aracruz, de acordo com a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus).

O suspeito foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio qualificada por motivo fútil, cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio). Segundo a corporação, João Vitor Gomes dos Santos já cumpria pena em regime semiaberto por um homicídio cometido em 2020, em Alagoas. Ele utilizava uma tornozeleira eletrônica.

A mãe de Claudineia quer que o homem pague pelo que fez. “Que seja feita a Justiça na vida dele, para que ele não faça isso de novo. Ele já está preso. Eu quero que ele pague pelo que ele fez”, desabafou a doméstica.

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