Um ano se passou desde o temporal que alagou Mimoso do Sul, na Região Sul do Espírito Santo, e, além de provocar a morte de 18 pessoas, destruiu casas e empresas. Naquele março de 2024, quando a água baixou, o que se via era a lama. Muitos móveis e produtos foram perdidos e só restou aos comerciantes contabilizar prejuízos. Hoje, seguem na luta para manter o negócio aberto.
Proprietário da sorveteria Regimel, Nivaldo Hilário precisou descartar 100 mil picolés quando a água da enchente invadiu a sua fábrica. Uma montanha do produto foi erguida diante do estabelecimento, dando um pouco da dimensão dos danos causados pelas fortes chuvas que atingiram a cidade. Foram 600 milímetros de água num curto intervalo de tempo, entre a noite de 22 de março e a manhã do dia 23.
Em entrevista para Rafaela Marquezini, da TV Gazeta, ele contou que, para retomar as atividades, precisou investir R$ 100 mil na compra de novos maquinários e voltou a produzir, diariamente, 4 mil picolés e 200 litros de sorvete, na companhia da esposa e do filho.
"A gente recomeçou. Eu comprei alguns freezeres novos e estamos produzindo bastante, graças a Deus", celebra Nivaldo, mas ainda preocupado com o risco de uma nova chuvarada atingir Mimoso mais uma vez.
Após perder três depósitos, três veículos, a casa e muita mercadoria, Antônio de Assis Vivas ainda está em processo de recuperação. Ele reabriu a loja de móveis, mas prefere nem falar no tamanho do prejuízo que a chuva lhe causou. No seu estabelecimento, faltaram apenas dois palmos para que a água atingisse o teto. "O que eu tinha aqui eu perdi tudo", afirmou o empresário.
Embora não tenha voltado às condições que dispunha antes do temporal, Assis se mantém firme, por ele, mas também pelos funcionários da loja. "São oito famílias para tratar e isso é muito importante para a gente", diz o empresário com um tom emocionado nas palavras.
Muitos comerciantes também buscaram empréstimos para se reerguer. Só o Bandes liberou quase R$ 37 milhões para empresas de Mimoso do Sul depois das chuvas.
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