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Mimoso do Sul: a luta de comerciantes para manter negócios um ano após chuvas

Mimoso do Sul: a luta de comerciantes para manter negócios um ano após chuvas

O temporal que alagou a cidade em março de 2024 atingiu inúmeras empresas, destruindo mobiliário e mercadoria; empreendedores tentam se recuperar do prejuízo

Publicado em 28 de março de 2025 às 12:01

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Comércio de Mimoso do Sul após as chuvas
A sorveteria Regimel fabrica 4 mil picolés por dia. (Carlos Palito/TV Gazeta)

Um ano se passou desde o temporal que alagou Mimoso do Sul, na Região Sul do Espírito Santo, e, além de provocar a morte de 18 pessoas, destruiu casas e empresas. Naquele março de 2024, quando a água baixou, o que se via era a lama. Muitos móveis e produtos foram perdidos e só restou aos comerciantes contabilizar prejuízos. Hoje, seguem na luta para manter o negócio aberto. 

Proprietário da sorveteria Regimel, Nivaldo Hilário precisou descartar 100 mil picolés quando a água da enchente invadiu a sua fábrica. Uma montanha do produto foi erguida diante do estabelecimento, dando um pouco da dimensão dos danos causados pelas fortes chuvas que atingiram a cidade. Foram 600 milímetros de água num curto intervalo de tempo, entre a noite de 22 de março e a manhã do dia 23. 

Em entrevista para Rafaela Marquezini, da TV Gazeta, ele contou que, para retomar as atividades, precisou investir R$ 100 mil na compra de novos maquinários e voltou a produzir, diariamente, 4 mil picolés e 200 litros de sorvete, na companhia da esposa e do filho. 

"A gente recomeçou. Eu comprei alguns freezeres novos e estamos produzindo bastante, graças a Deus", celebra Nivaldo, mas ainda preocupado com o risco de uma nova chuvarada atingir Mimoso mais uma vez. 

Após perder três depósitos, três veículos, a casa e muita mercadoria, Antônio de Assis Vivas ainda está em processo de recuperação. Ele reabriu a loja de móveis, mas prefere nem falar no tamanho do prejuízo que a chuva lhe causou. No seu estabelecimento, faltaram apenas dois palmos para que a água atingisse o teto. "O que eu tinha aqui eu perdi tudo", afirmou o empresário. 

Comércio de Mimoso do Sul após as chuvas
Apesar dos prejuízos, loja de móveis emprega oito funcionários. (Carlos Palito/TV Gazeta)

Embora não tenha voltado às condições que dispunha antes do temporal, Assis se mantém firme, por ele, mas também pelos funcionários da loja. "São oito famílias para tratar e isso é muito importante para a gente", diz o empresário com um tom emocionado nas palavras. 

Muitos comerciantes também buscaram empréstimos para se reerguer. Só o Bandes liberou quase R$ 37 milhões para empresas de Mimoso do Sul depois das chuvas. 

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