Boa parte da população de Mimoso do Sul sofreu com enchente devido às fortes chuvas que atingiram o Espírito Santo em dezembro do ano passado. Após esse transtorno, mais um problema: sete casos de leptospirose estão sendo investigados pela Secretaria Municipal de Saúde, que explicou que a doença bacteriana é transmitida pela urina de animais infectados – que acaba contaminando a água durante as enxurradas.
Em dezembro de 2022, a cidade ficou de baixo d'água após a chuva que fez muitos córregos transbordarem. Famílias, como a da moradora Ângela Mazzini, no bairro Village da Serra, tiveram a casa toda alagada. “Moro aqui há 30 anos. Já perdi uns oito guarda roupas durante as enchentes”, contou a moradora em entrevista a repórter Alice Souza, da TV Gazeta Sul.
A doença bacteriana é transmitida pela urina de animais infectados, que acaba contaminado a água durante os alagamentos. A bactéria acaba entrando no organismo do ser humano por meio de alguma ferida, que tenha contato com a água contaminada.
Em 2022, segundo a secretaria de saúde do município, foram notificados 34 casos de leptospirose em Mimoso do Sul, sendo três confirmados e uma morte. Somente nos primeiros 14 dias de janeiro deste ano, sete casos estão sob investigação e duas pessoas precisaram hospitalizadas.
Segundo o secretário de saúde de Mimoso do Sul, Eliédson Vicente Morini, uma dessas pessoas recebeu alta médica e a outra, estava com previsão de sair da unidade hospitalar nos próximos dias.
Para o coordenador de Vigilância em Saúde, Thiago Santiliano, é preciso saber identificar os sintomas para tornar o diagnóstico da leptospirose mais rápido.
“Os sintomas são muito parecidos com os de outras doenças, como a dengue e a febre maculosa, como febre, dor de cabeça, dor no corpo. A leptospirose tem um diferencial que dá dor na panturrilha, nas pernas. Em alguns casos até problemas renais. Se você teve contato com a enchente e 14 dias após apresentou esses sintomas, procure a unidade de saúde do seu bairro”, alertou Santiliano.
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