Um ex-morador da Serra, no Espírito Santo, foi morto por engano na frente da esposa grávida de 4 meses em Portugal. O ex-militar Alisson Vasconcelos Rodrigues, que faria 35 anos no dia 13 de julho, foi assassinado a tiros após ter a casa invadida por criminosos na localidade de Grândola, vila no distrito de Setúbal.
O advogado Arley Vasconcelos Rodrigues, de 37 anos, irmão da vítima, contou que Alisson estava com a esposa em casa, no domingo (25), quando, por volta de 4h, a residência foi invadida por um trio de criminosos, sendo dois homens e uma mulher.
“Entraram na casa deles, arrombaram a casa procurando uma terceira pessoa. Meu irmão acordou com a invasão, com eles perguntando a todo tempo ‘Cadê ele?’”, relatou para A Gazeta.
Arley explicou que um homem ficou do lado de fora da residência, dando cobertura para a fuga. Dentro do imóvel, entraram um homem e uma mulher. “Minha cunhada foi agredida por uma barra de ferro no braço por ela”, disse.
No momento em que a mulher começou a agredir a esposa de Alisson, o ex-militar entrou em luta corporal com o homem armado, tentando desarmá-lo. Foi quando os criminosos efetuaram o primeiro disparo. “Mesmo assim, meu irmão continuou se defendendo”, alegou Arley.
Após o primeiro disparo, a mulher que integrava o trio teria percebido que estavam na casa da pessoa errada. “Ela começou a dizer: ‘não é ele’”, contou Arley. Ainda assim, segundo o advogado, o homem armado efetuou mais dois disparos.
A família acredita que o trio invadiu a casa errada, visto que as residências da localidade eram semelhantes. “Era uma vila de casas, de sete a 10 casas e todas eram iguais, idênticas”, explicou o irmão da vítima.
Alisson era formado em Recursos Humanos e ex-militar, atuando como soldado paraquedista por sete anos, na Força Aérea Brasileira. Carioca, ele saiu do Rio de Janeiro em 2014 e foi morar na Serra, no Espírito Santo, com a esposa professora.
Em 2018, recebeu uma proposta de emprego e foi trabalhar em um hotel de Portugal. Segundo o irmão Arley, além de atuar na rede hoteleira, o ex-militar ainda tinha uma barbearia.
“Meu irmão estava sempre disposto a ajudar as pessoas, o sonho dele era ser pai e a minha cunhada de quatro meses descobriu o sexo da criança recentemente, era uma menina, era o sonho dele”, contou Arley, emocionado.
Na manhã desta quarta-feira (28), a família realizou um velório simbólico em Portugal. Os familiares montaram uma vaquinha virtual para trazer o corpo e sepultá-lo na Serra.
Sobre as investigações, Arley disse que os familiares esperam que a Justiça e a polícia portuguesa investiguem e punam os responsáveis pelo crime. “Esperamos que as autoridades elucidem esse caso”, finalizou.
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