Revoltados com a dificuldade para atravessar avenida, moradores pintaram uma faixa de pedestres na via, no Centro de Aracruz, no Norte do Estado. Foi divulgado em redes sociais um vídeo da ação, que ocorreu na manhã da última segunda-feira (27). Os munícipes alegam que a sinalização estava apagada havia muito tempo, o que vinha dificultando a travessia devido ao grande movimento na via.
Nas imagens divulgadas, é possível ver duas mulheres pintando a faixa de pedestres com um spray branco, e usando uma vassoura e pedaços de papelão para ajudar. Além da sinalização apagada, moradores também reclamaram da falta se semáforo na avenida.
As mulheres que fizeram a pintura da faixa são funcionárias de uma loja que fica em frente a esse trecho. Segundo elas, a falta de sinalização atrapalha a loja que realiza entregas e não consegue atravessar a rua.
A falta de sinalização preocupa e atrapalha os moradores, que contaram que o local tem um fluxo intenso de carros por ser cortado por uma rodovia estadual, a ES 124. Isso faz com que seja difícil de atravessar a via.
A manutenção do trecho, cortado por rodovia estadual, é de responsabilidade do Departamento de Edificações e de Rodovias do Espírito Santo (DER-ES). O órgão informou que está finalizando o recapeamento para iniciar a sinalização na segunda quinzena do mês de abril.
O DER-ES disse ainda que é o único responsável pela manutenção e conservação das rodovias estaduais, alertando que os moradores não devem fazer nenhum tipo de alteração no sistema rodoviário federal. O órgão esclareceu que pedidos de melhorias podem ser registrados junto ao órgão – os números para atendimento são (27) 3636-4401 (WhatsApp) e (27) 3636-4400.
Segundo especialista em trânsito Josimar Amaral, medidas como essa – em que moradores pintam faixas de pedestres apagadas ou constroem quebra-molas – não podem ser feitas pelos cidadãos, pois o procedimento deve ser feito seguindo regras que constam na legislação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Josimar explica que, nesses casos, o fundamental é entrar em contato com o órgão responsável e pedir a intervenção e manutenção do trecho em questão.
"Sabemos que muitas vezes o morador já entrou com pedido para revitalização e não teve um retorno, mas nesses casos é preciso aguardar. Se as pessoas que realizaram a ação não depredaram o espaço público nem nenhum patrimônio, nenhuma sanção é dada aos moradores, apenas não é um procedimento indicado", afirmou o especialista.
*Com informações do g1ES
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta