Durante o verão, as cidades do litoral Sul do Espírito Santo recebem diversos turistas, e isso aumenta, consequentemente, a demanda por abastecimento de água. Com a "população" aumentada neste período, o serviço costuma falhar e moradores acabam ficando com as torneiras vazias.
A dona de casa Margarete Alves da Silva, moradora do bairro Boa Vista do Sul, em Marataízes, sabe como é viver com esse desconforto. “Nós já ficamos três dias direto sem água, dependendo sempre da ajuda dos vizinhos”, disse.
Para suprir os dias que a água não chega em Marataízes, o pescador Gesse Batista de Souza compra caixas que funcionam como reservatórios.
A aposentada Luciene Oliveira passa todo o verão em Piúma, e disse que, em 20 anos, sempre sofre com esse problema. “Quem pode, compra uma pipa d’água, quem não pode, fica de casa em casa pedindo um balde d’água”, comentou.
Diante do problema que é crônico no verão, os municípios de Marataízes, Itapemirim, Piúma e Anchieta tentam se reestruturar para que água não falte durante a estação mais quente do ano.
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) é responsável pelo abastecimento nas cidades de Itapemirim e Marataízes e garante que tem feito melhorias para evitar o desabastecimento nos próximos meses. Ao todo, cerca de 60 mil moradores dependem dessa água.
Para o coordenador do Saae Itapemirim, Marcelo do Rosário, alguns fatores devem ser levados em consideração. “A preocupação é que a gente depende de fatores externos, do nível do rio adequado, do nível de chuva e, essencialmente, do uso consciente da água”, pontuou.
Já Piúma e Anchieta são abastecidas pela Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan). E um total de 30 mil habitantes recebem água do órgão. De acordo com o gerente metropolitano Sul da Cesan, Valdik Escapini, serviços foram realizados para evitar que a água falte no verão. “Do mês de março a novembro, a gente fez ampliações das redes e melhorias nas bombas que levam a água aos pontos mais altos, que são geralmente os que sofrem mais com o desabastecimento”, explicou.
Acima de tudo, segundo o coordenador do Saae, a população deve contribuir evitando o desperdício. “As pessoas precisam ter consciência que a água é um recurso finito. Além disso, é necessário fazer uma reserva nas casas para que quando ocorra a falta d’água, essa reserva seja suficiente para ajudar no abastecimento por algum tempo”, concluiu.
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