Uma mulher de 38 anos morreu na tarde deste sábado (26), em decorrência dos ataques em escolas ocorridos no bairro Coqueiral, em Aracruz, no Norte do Espírito Santo, na manhã de sexta-feira (25). A informação sobre a morte da 4ª vítima foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde por volta das 16h. Ela foi identificada por parentes como Flávia Amboss Merçon Leonardo e, segundo apuração da TV Gazeta, era professora da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Primo Bitti.
Em um boletim divulgado por volta das 14h deste sábado pela própria secretaria, a informação era de que a paciente havia passado por uma cirurgia e seguia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). De acordo com a secretaria, o quadro de saúde havia passado de grave para gravíssimo.
Segundo a Sesa, a paciente foi atendida ainda em Aracruz pelo Samu e transferida para o Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, na Serra. Na tarde deste sábado, Flávia não resistiu e faleceu.
Em uma publicação no Instagram, a Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) se solidarizou com os familiares e amigos dos professores e alunos que foram vítimas do atendado. Flávia Amboss é ex-aluna de mestrado da turma de 2012 da pós-graduação.
"A trajetória de Flávia está diretamente ligada ao estudo, acolhimento e melhora das condições de vida das comunidades pesqueiras e tradicionais do Espírito Santo. O PGCS repudia veementemente qualquer ato de violência, diz o texto da publicação.
Além da mulher de 38 anos, outras três pessoas morreram no ataque. São elas:
O ataque a duas escolas em Aracruz, no Norte do Espírito Santo, tirou a vida de quatro pessoas e deixou mais de 10 feridos na manhã de sexta-feira (25). O atirador, que é um adolescente de 16 anos, conseguiu se deslocar por cerca de um quilômetro entre as duas escolas e fazer novas vítimas antes mesmo que a informação sobre o ataque à primeira unidade de ensino viesse à tona.
A pistola utilizada pelo atirador contra as vítimas da Escola Primo Bitti é de propriedade do Estado e estava à disposição do pai dele, que é policial militar. Após cometer os crimes, o atirador saiu correndo pelo portão da escola particular, entrou no carro e fugiu em direção à orla de Coqueiral de Aracruz. Posteriormente, a partir das imagens do cerco inteligente do município, foi possível verificar que o destino do assassino era uma casa na mesma região.
Após cercar a área, a polícia aguardou, de acordo com a Polícia Civil, por um amparo jurídico para que pudesse entrar na residência. Em depoimento, o adolescente informou que planejava atacar escolas havia dois anos. O motivo, no entanto, não foi esclarecido até o momento.
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