> >
Morre a segunda vítima por febre maculosa no Espírito Santo

Morre a segunda vítima por febre maculosa no Espírito Santo

Na última sexta-feira (30) a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) havia confirmado a primeira morte de uma pessoa que havia contraído a doença

Publicado em 2 de outubro de 2022 às 18:56

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Morre a segunda vítima por febre maculosa no Espírito Santo
Ana Carolina Batista estava internada em Itapemirim com febre maculosa. (Arquivo pessoal)

Prefeitura de Itapemirim, Região Litoral Sul do Espírito Santo, confirmou a segunda morte por febre maculosa na madrugada deste domingo (2). A vítima era uma mulher que estava hospitalizada na UTI do Hospital Evangélico Litoral Sul, no município. Ela foi identificada como Ana Carolina Batista. O marido dela, Bruno Batista, também testou positivo e segue internado em estado grave.

À repórter Bruna Hemerly, da TV Gazeta Sul, o diretor técnico e coordenador do Hospital Evangélico Litoral Sul, Marlus Thompson, contou que a doença causou danos cerebrais gravíssimos e irreversíveis em Ana Carolina Batista. A escola Empef Rozaria Da Silveira Nunes, onde os filhos do casal estudam, suspendeu as aulas nesta segunda-feira (3) por conta do ocorrido. O sepultamento ocorreu na manhã desta segunda no Cemitério Municipal de Anchieta, onde a mãe dela foi enterrada há cerca de um ano e meio.

Ana Carolina e Bruno estão internados
Ana Carolina e Bruno estão internados. (Reprodução)

A primeira morte registrada com pacientes do município ocorreu no dia 27 de setembro, na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim. Foram notificados seis casos suspeitos em Itapemirim, sendo que três foram confirmados – o homem que morreu, além de Ana Carolina e o marido dela, Bruno Batista. Os outros três tiveram resultado negativo.

A Prefeitura de Itapemirim informou que se solidariza com familiares e amigos das vítimas e estima melhoras ao paciente que segue internado.

Febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero rickettsia, transmitida por picada de carrapato.

SESA ANALISA RELAÇÃO COM CONSUMO DE CARNE

Segundo a prefeitura, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) analisa se há relação com o consumo de carne de caça pelos pacientes, apesar de o risco de transmissão dessa forma ser pouco provável, segundo o órgão e médicos ouvidos por A Gazeta.

As amostras dos pacientes foram coletadas e encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES), onde foi feita testagem usando a técnica molecular de PCR em tempo real (RT-PCR). A Secretaria de Estado da Saúde afirmou que atuou em regime de urgência para a rápida liberação dos resultados.

A Sesa ressaltou ainda que, junto aos profissionais da vigilância municipal e da Superintendência Regional de Cachoeiro de Itapemirim, tem articulado ações para investigação dos casos confirmados, sendo a linha de investigação a transmissão via carrapato. Equipes da secretaria estão na cidade para realização das ações.

CARNE DE CAÇA E PESCARIA

Há a suspeita de que os pacientes tenham se contaminado após consumir carne de caça. A Prefeitura de Itapemirim chegou a informar que a carne foi enviada ao Laboratório Central (Lacen) para análise e que aguarda o resultado.

No entanto, nesta sexta-feira (30), em nota, a prefeitura disse que o município e a Sesa trabalham com a linha de investigação epidemiológica de que a contaminação ocorreu em uma provável área distante da comunidade de Rio Muqui, onde foi realizada uma pescaria por dois dos pacientes confirmados.

Segundo a prefeitura, equipes da Vigilância Epidemiológica municipal e estadual estão realizando uma varredura, com coleta de material, para uma pesquisa entomológica na área onde residem os pacientes e no local da pescaria.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais