Familiares de crianças que frequentavam o hotel infantil onde o pequeno Theo Gutierry Gardioli Scantamburlo, de um ano e seis meses, foi encontrado desacordado em uma piscina na última quarta-feira (18), realizaram um protesto em frente ao local, no bairro Aquidaban, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, na manhã deste domingo (22). Com cartazes, os manifestantes pediram por Justiça e também que o estabelecimento seja investigado. O bebê ficou internado e um hospital, mas não resistiu e morreu na sexta-feira (20).
A TV Gazeta Sul apurou que o espaço de recreação para as crianças funciona na parte de cima do imóvel, onde havia brinquedos e trabalhos feitos pelos pequenos. O dono do espaço de recreação não quis gravar entrevista, mas contou que alguém esqueceu de trancar o cadeado do portão da área que dá acesso à piscina. O local, segundo ele, costuma ser utilizado pelas crianças e famílias aos fins de semana.
Ainda segundo a versão do proprietário, com o cadeado destrancado, o menino acessou o local e caiu na água. A criança foi encontrada boiando só um tempo depois, quando alguém viu a cena. O dono do hotel informou que fez os primeiros socorros, a criança chegou a tossir, mas os lábios ainda estavam roxos. Ele encaminhou a criança para o Hospital Infantil Francisco de Assis (Hifa), no município.
Conforme já publicado em A Gazeta, o Hotel Infantil Colinho de Maria estava sob investigação da Polícia Civil e do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) desde o dia 8 de agosto. Na ocasião, foi aberto um inquérito civil para apurar denúncias de maus-tratos no estabelecimento.
O Ministério Público detalhou que ouviu pais de alunos e uma ex-funcionária do estabelecimento e ouvirá, ainda, o representante legal do estabelecimento. Além disso, o MPES pediu à Prefeitura de Cachoeiro e ao Conselho Tutelar “a adoção de providências urgentes, como fiscalizações no local”.
Na manhã da última quinta-feira (19), a Prefeitura de Cachoeiro anunciou a interdição do hotel infantil localizado na cidade, por meio da Vigilância Sanitária. Em nota, a prefeitura esclareceu: “Verificou-se junto à Vigilância Sanitária que há uma condicionante expressa que proíbe o acesso e a utilização da área da piscina".
A Polícia Civil informou que recebeu uma denúncia anônima, encaminhada pelo Ministério Público à Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente e ao Idoso (DPCAI) de Cachoeiro de Itapemirim, de possíveis maus-tratos praticados no estabelecimento. A polícia informou que o caso foi enviado ao setor de investigação para apuração e está em andamento. “Ambas as situações, possíveis maus-tratos e o afogamento, estão sendo investigadas”, comunicou.
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