A Justiça do Espírito Santo confirmou que no dia 3 de abril começa o julgamento de Georgeval Alves Gonçalves, acusado de cometer crimes sexuais e matar Joaquim Alves, filho, e Kauã Salles Butkovsky, enteado. O júri popular ocorrerá no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, em Linhares, sob a presidência do juiz da 1ª Vara Criminal (júri), Tiago Fávaro Camata.
O julgamento estava incialmente previsto para março e foi adiado a pedido da defesa do ex-pastor. Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPES), Georgeval teria, na madrugada do dia 21 de abril de 2018, estuprado e torturado Joaquim, de 6 anos, e Kauã, de 3 anos. Depois, de acordo com as investigações, as crianças foram colocando-as desacordadas na cama e morreram depois com o incêndio.
“Logo em seguida, empregou agente acelerante (líquido inflamável) no local e ateou fogo, causando as mortes das vítimas por ‘carbonização’”, diz o texto da denúncia apresentada pelo MPES à justiça.
O julgamento terá início às 9h da manhã e está previsto para durar três dias. Ao confirmar o júri na última segunda-feira (27), em sentença, o juiz fez o pronunciamento de Georgeval como réu.
Segundo inquérito da Polícia Civil, os irmãos Joaquim Alves e Kauã Salles Butkovsky foram estuprados, torturados e deixados desacordados na cama. Em seguida, o acusado teria ateado fogo no quarto, usando um líquido inflamável. De acordo com a investigação, as crianças ainda estavam vivas durante o incêndio e morreram carbonizadas.
O ex-pastor chegou a declarar, na época, que tentou salvar as crianças do incêndio, mas que não conseguiu por causa da temperatura. Ele chegou a alegar que teria se ferido na tentativa. Durante o trabalho de investigação, entretanto, a polícia notou algumas contradições entre a história contada por Georgeval e as evidências.
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