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Morte de Kauã e Joaquim: júri de ex-pastor começa na próxima segunda (3)

Morte de Kauã e Joaquim: júri de ex-pastor começa na próxima segunda (3)

Julgamento, que estava previsto para março, foi adiado a pedido da defesa. Georgeval é suspeito de crimes sexuais e assassinato das crianças

Publicado em 28 de março de 2023 às 11:55

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Georgeval Alves foi ouvido pelo senador Magno Malta na CPI dos Maus Tratos realizada no Ministério Público do ES
Georgeval Alves foi ouvido pelo senador Magno Malta na CPI dos Maus Tratos realizada no Ministério Público do ES. (Fernando Madeira)
Felipe Sena
Estagiário / [email protected]

A Justiça do Espírito Santo confirmou que no dia 3 de abril começa o julgamento de Georgeval Alves Gonçalves, acusado de cometer crimes sexuais e matar Joaquim Alves, filho, e Kauã Salles Butkovsky, enteado. O júri popular ocorrerá no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, em Linhares, sob a presidência do juiz da 1ª Vara Criminal (júri), Tiago Fávaro Camata.

O julgamento estava incialmente previsto para março e foi adiado a pedido da defesa do ex-pastor. Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPES), Georgeval teria, na madrugada do dia 21 de abril de 2018,  estuprado e torturado Joaquim, de 6 anos,  e Kauã, de 3 anos. Depois, de acordo com as investigações, as crianças foram colocando-as desacordadas na cama e morreram depois com o incêndio.

“Logo em seguida, empregou agente acelerante (líquido inflamável) no local e ateou fogo, causando as mortes das vítimas por ‘carbonização’”, diz o texto da denúncia apresentada pelo MPES à justiça.

O julgamento terá início às 9h da manhã e está previsto para durar três dias. Ao confirmar o júri na última segunda-feira (27), em sentença, o juiz fez o pronunciamento de Georgeval como réu.

Joaquim e Kauã, de 3 e 6 anos, que morreram num incêndio na casa onde moravam,em Linhares (Reprodução Facebook)

Relembre o caso

Segundo inquérito da Polícia Civil, os irmãos Joaquim Alves e Kauã Salles Butkovsky foram estuprados, torturados e deixados desacordados na cama. Em seguida, o acusado teria ateado fogo no quarto, usando um líquido inflamável. De acordo com a investigação, as crianças ainda estavam vivas durante o incêndio e morreram carbonizadas. 

O ex-pastor chegou a declarar, na época, que tentou salvar as crianças do incêndio, mas que não conseguiu por causa da temperatura. Ele chegou a alegar que teria se ferido na tentativa. Durante o trabalho de investigação, entretanto, a polícia notou algumas contradições entre a história contada por Georgeval e as evidências.  

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