No Espírito Santo, utilizar linha chilena ou linha com cerol na hora de soltar pipa é crime. Ainda assim, há quem não respeite as regras e colabore para que acidentes graves aconteçam. Foi o que aconteceu na tarde desta quarta-feira (16), quando um motoboy acabou morto depois de ter sido atingido por linha de pipa na Rodovia do Sol, em Vila Velha. Mas afinal, por que a linha da pipa pode ser tão perigosa?
A tenente Andreza, do Corpo de Bombeiros, explica que o cerol é uma mistura feita com pó de vidro e cola. Já a linha chilena, é uma linha colorida que tem o poder de corte quatro vezes maior que o cerol.
"Com essas linhas temos tanto o risco de corte, de lesão profunda nas vítimas, quanto o risco de choque elétrico. Ela pode cortar o isolamento de fios, cortar a energia elétrica da região. É tão perigoso que o ideal é usar luvas de proteção para manusear uma linha dessas", afirma.
Na tentativa de se proteger, uma alternativa para os motociclistas é instalar uma antena de corte na moto. A reportagem de A Gazeta fez uma pesquisa rápida pelas lojas da Grande Vitória e encontrou o produto à venda por preços que variam entre R$ 18 e R$ 60. De fácil instalação, ele é parafusado no retrovisor da moto.
"É uma antena de proteção, composta por uma haste e a ponta dela é uma ponta de corte. A linha, ao encostar nessa haste, ela sobe e encontra esse ponto de corte, que corta a linha e evita o risco do motociclista ser cortado pela linha, ou mesmo cair", explica a tenente Andreza.
No Espírito Santo, a fabricação, comercialização e o uso de cerol estão proibidos desde 2005. No caso da linha chilena, a lei que proíbe o uso e a comercialização existe desde 2017. Nos dois casos, quem descumprir a lei está sujeito ao pagamento de multa e pode ter o material apreendido. Além disso, o estabelecimento que comercializar esse tipo de material pode ter o alvará de funcionamento suspenso.
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