A família de Lucas da Silva Martins, 28 anos, morto no Centro de Vitória, por volta das 10h desta quarta-feira (9), esteve no Departamento Médico Legal (DML) para liberar o corpo do rapaz.
Para a polícia, o crime foi premeditado. Segundo informações do plantão da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), dois motoqueiros seguiram pela avenida Beira-Mar. Lucas estava na fila para entrar no edifício das Repartições Públicas, onde está localizado o Escritório Social – vinculado à Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) – na avenida Jerônimo Monteiro. Outras pessoas também aguardavam na fila.
O homem na garupa da moto desceu e correu até Lucas, sacando arma da cintura e abrindo fogo contra ele. No corpo do rapaz foram encontradas 11 perfurações.
Outro disparo atingiu uma senhora que aguardava na fila com o irmão. Ela foi atingida no ombro. Também foi baleada a dona Ana Cunha Ferreira, 66 anos, que acompanhava o marido. Ela foi ferida na perna. As duas foram socorridas para o hospital e passam bem.
Em entrevista, Ana Cunha afirmou que não percebeu a ação dos bandidos, até sentir que tinha levado o tiro na perna. "Eu não vi nada, até que senti queimando em minha perna e falei 'ai, eu fui baleada'", contou. Já o marido dela, Adelino de Souza Ferreira, 58 anos, viu quando a moto passou e depois retornou. "O cara da garupa desceu e eu achei que ele fosse entrar na fila. Quando ele puxou a arma, a capa dele caiu no meio-fio. Aí já deu o primeiro (tiro), e o cara (a vítima) correu para o nosso lado. Já correu caindo", relatou.
Morador de Porto Novo, em Cariacica, Lucas aguardava para entrar no prédio da Sejus para assinar os documentos que certificam que ele estava cumprindo a liberdade provisória, ato que deveria realizar de dois em dois meses. Ele saiu da penitenciária em dezembro de 2020.
A Sejus havia informado que a vítima "cumpriu pena no sistema prisional no período de 06/10/2018 a 04/12/2020 pelo crime de tráfico de drogas. Ele também possui passagem por homicídio". A família não quis falar com a imprensa.
O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória.
O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, que há um mês não abri novos inquéritos.
O assassinato no Centro de Vitória encerra o período de 30 dias sem nenhum registro de homicídio na Capital. Ao longo do ano de 2021, foram 28 mortes dolosas registradas pela Secretaria de Segurança e Defesa Social (Sesp).
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