A vereadora Patricia Crizanto e a família vivem momentos de tristeza e dor desde a morte do filho Pedro Henrique Crizanto, de 20 anos, assassinado com um tiro na cabeça na última quarta-feira (1) durante ensaio técnico no Sambão do Povo, em Vitória. Nesta sexta-feira (3), o corpo dele foi sepultado em um cemitério particular de Cariacica, e, no primeiro contato com a imprensa após o crime, a mãe de Pedro falou sobre o que sente e fez questão de afirmar que perdoa o autor do disparo e que não tem sentimento de vingança.
Em entrevista ao repórter Kaique Dias, da TV Gazeta, Patricia Crizanto estava chorando e soluçando. Relatou que a criação do filho aconteceu em uma comunidade de periferia e que sempre batalhou pelo futuro dos jovens da região onde mora, em Vila Velha.
"Meu filho foi criado com muito amor. A gente nasceu, cresceu e criou meu filho em uma comunidade de periferia, e nós sempre cuidamos dos jovens para que nenhum pudesse ser vítima. E hoje vejo que esse jovem é meu filho. Todos sabem como lutamos pelos jovens. Que outras mães que passaram por isso seja confortadas, como o Senhor está me confortado. Que nós possamos juntar forças para que outros jovens não passem por isso", afirmou.
Dezenas de coroas de flores foram enviadas em homenagem ao jovem. O velório começou na quinta-feira (2) e contou com a presença de muitos familiares, amigos e políticos, como o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).
Pedro Henrique foi morto com um tiro na cabeça após uma confusão no Sambão do Povo. Ele não tinha passagens pela polícia.
Na manhã desta sexta-feira (3), foi apreendido o principal suspeito de assassinar o jovem. Segundo a Polícia Civil, trata-se de um adolescente de 17 anos. Ele foi localizado em um motel no bairro Rio Branco, em Cariacica, onde estava com a namorada, de 15 anos.
O rapaz já tinha passagens por outros dois homicídios, era alvo de um mandado de busca e apreensão e confessou o crime da última quarta-feira (1). A PC também revelou que o adolescente é ligado ao tráfico de drogas da região do Morro do Alagoano, em Vitória. No esquema criminoso, ele era denominado de "faixa-preta", responsável por executar indivíduos da facção.
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