Nos primeiros 20 dias de julho, o Espírito Santo registrou mais mortes causadas pelo novo coronavírus do que todas as divulgadas durante abril e maio juntas. Desde o início deste mês, foram 609 novos óbitos exatamente cinco a mais do que a somatória dos outros dois meses.
Ainda no início da pandemia, abril acumulou 93 vítimas fatais incluindo a primeira do Estado, um homem de 57 anos. Depois, com o crescimento da doença em ritmo acelerado, maio somou mais 511 vidas perdidas. Totalizando, então, 604 mortes registradas em território capixaba, no período.
Por outro lado, apesar dos números ainda altos, as mortes divulgadas em julho representam uma queda se comparadas às do mesmo período do mês passado. Na primeira quinzena, por exemplo, essa quantidade caiu de 483 para 449 uma diminuição de aproximadamente 7%.
Vale lembrar que o pico da curva epidemiológica da Covid-19 no Espírito Santo foi previsto, justamente, para o final de maio e o início de junho. No entanto, por causa da dinâmica social, a doença chegou à Grande Vitória e ao interior em momentos distintos, o que resulta também em curvas diferentes.
A Região Metropolitana, por exemplo, já apresenta tendência de queda e recuperação. Enquanto isso, a expectativa é que os municípios do interior ainda registrem um crescimento de novos casos e óbitos, tendo em vista que a taxa de transmissão continua acima de 1.
Por isso, o secretário de Saúde Nésio Fernandes explicou que o Espírito Santo deve enfrentar um platô prolongado, resultado do conjunto das situações enfrentadas pelas duas regiões do Estado e, em entrevista nesta segunda-feira (20), a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) revelou que ainda não há previsão de quando o interior deve entrar na fase de estabilização.
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