No último sábado (20), o Brasil atingiu a triste marca de 50 mil mortos pela pandemia do novo coronavírus. Transformar em números essas vidas perdidas talvez não dê a real dimensão do problema, mas a quantidade de óbitos já registrada no país é maior que a população de 66 cidades do Espírito Santo.
Imagine Santa Teresa sem ninguém, sem o sotaque italiano. Ou Domingos Martins ainda mais frio, sem qualquer calor humano. Esses são apenas dois exemplos de municípios que poderiam estar completamente vazios caso todas essas mortes fossem concentradas em apenas um local.
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Em outro cenário, essa quantidade de óbitos poderia fazer com que sete cidades capixabas simplesmente sumissem do mapa, de uma só vez. Do total de 78, restariam 71. Não haveria mais Divino São Lourenço, Mucurici, Dores do Rio Preto, Apiacá, Alto Rio Novo, Ponto Belo e São Domingos do Norte, por exemplo.
Considerando a última atualização do Ministério da Saúde, feita no domingo (21), o número de mortes causadas pela pandemia no Brasil já subiu para 50.617 o que faz com que entre para a lista a cidade de Nova Venécia, uma das principais do Noroeste do Estado, que tem uma população estimada em 50.110 habitantes.
O número 50 mil só não é maior que a população dos municípios de: Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, Viana e Guarapari, na Grande Vitória; Cachoeiro de Itapemirim, no Sul; Colatina, no Noroeste; e Aracruz, São Mateus e Linhares, no Norte do Estado.
Nesta segunda-feira (22), o Espírito Santo superou a marca de 36 mil casos do coronavírus e registrou 1.387 óbitos. E esse número vai, infelizmente, aumentar. O secretário da Saúde, Nésio Fernandes, alerta sobre o avanço da Covid-19 para o interior do Estado. Na avaliação do governo, a única forma de frear a doença é respeitar as normas do isolamento social, além do uso de máscaras.
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