Maio terminou como o segundo pior mês de toda a pandemia no Espírito Santo: foram 1.274 mortes causadas pelo novo coronavírus, superando março deste ano que, até então, ocupava essa posição, com 1.095 óbitos. Na média, é como se 41 pessoas tivessem morrido a cada dia.
Apesar disso, como abril havia sido – disparado – o mês com mais vidas perdidas, maio ainda conseguiu ter 750 vítimas a menos, o que representa uma redução significativa, de 37%. Mesmo assim, o Estado nem sequer voltou ao nível atingido no pico da primeira onda da Covid-19.
Os dados utilizados nas comparações desta matéria levam em conta as atualizações diárias do Painel Covid-19. Ou seja, não necessariamente as mortes e os casos aconteceram, de fato, em maio. Mas, todos foram divulgados neste mês pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).
Desde o final de abril, os capixabas vivem a fase de recuperação da terceira onda, após o período de agravamento, que se iniciou nas semanas seguintes ao Carnaval, em fevereiro. Segundo especialistas da área de saúde, ele ocorreu em consequência de quatro principais fatores:
Há cerca de cinco semanas, o Estado passou a ter queda consolidada no número de novos casos confirmados, internações e mortes. Desde o último dia nove, por exemplo, a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) não tem ultrapassado os 80%, mesmo com a reversão de leitos.
Seguindo essa tendência de reduções, os diagnósticos positivos para a Covid-19 também diminuíram. Ao longo do mês de maio, a Secretaria Estadual de Saúde divulgou 45.006 novas infecções – cerca de 9 mil a menos que abril. O que, por sua vez, equivale a uma queda de 16,9%.
É importante levar em consideração que as estratégias de testagem variaram no decorrer da pandemia. Houve momentos que apenas quem apresentava sintomas era testado, e outros em que os contatantes dos positivados também o eram. Atualmente, é adotada uma estratégia de testes em massa.
Entre os desdobramentos recentes mais importantes está a investigação de dois possíveis casos de Covid-19 causados pela variante indiana – que tem se mostrado mais transmissível e resistente às vacinas. Nenhum deles, porém, foi confirmado até a tarde desta segunda-feira (31).
Embora haja a preocupação com novas cepas, o secretário de saúde Nésio Fernandes já ressaltou que uma nova onda não depende delas. "Na ausência de imunidade coletiva pela vacinação, basta que as pessoas tenham comportamento de alto risco para ter uma nova fase de aceleração da doença", alertou.
Segundo ele, um novo período de agravamento pode acontecer até agosto deste ano. "Mantenha a disciplina no uso da máscara e evite aglomeração. A qualquer sintoma da Covid-19, faça o teste e mantenha o isolamento", orientou, também no último pronunciamento, feito na semana passada.
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