O Espírito Santo está pagando com vidas o preço das aglomerações e do afrouxamento do distanciamento social. Na primeira quinzena de janeiro, foram registradas 393 mortes causadas pelo novo coronavírus no Estado – um aumento de 11,9% em relação ao mesmo período de dezembro, quando 351 morreram em decorrência da Covid-19. É o terceiro crescimento consecutivo.
Em outras palavras, isso significa que o agravamento da pandemia resultou em 42 vidas perdidas a mais neste começo de ano, do que no início do mês anterior. A última vez em que os capixabas assistiram a uma redução foi em outubro de 2020, quando ocorreram menos de 150 mortes na primeira quinzena.
Os dados levam em conta os números divulgados por meio das atualizações diárias do Painel Covid-19, da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa). Ou seja, não representam necessariamente os óbitos ocorridos durante a primeira quinzena de cada mês, mas aqueles que foram notificados e registrados no período.
Na manhã desta sexta-feira (15), o secretário Nésio Fernandes alertou que ainda podem ser registradas, pelo menos, mais 450 mortes ao longo das próximas duas semanas – o que faria com que janeiro superasse o quantitativo total de dezembro e se tornasse o terceiro mês com mais óbitos de toda a pandemia no Estado.
No sentido contrário, mas praticamente na mesma proporção, os novos casos de coronavírus apresentaram uma queda de 11,3% na primeira quinzena de janeiro. Nesse período, foram registrados mais 24.780 indivíduos infectados no Espírito Santo, o que equivale a uma redução de aproximadamente 3 mil positivados.
Este é o primeiro decréscimo do Estado desde setembro, quando quase 10 mil diagnósticos positivos foram notificados. No entanto, ainda assim, este número é o segundo maior de toda a pandemia, ficando atrás apenas de dezembro, se considerada a comparação entre as primeiras quinzenas de cada mês.
Vale ressaltar que a partir de meados de setembro, a Sesa passou a testar todos os contatos intradomiciliares de quem estava infectado com a Covid-19, independentemente da idade, de comorbidades ou sintomas. A expansão da pandemia fez esse protocolo ser suspenso no final de novembro.
Porém, com a ampliação da capacidade de testagem do Estado anunciada na semana passada, a expectativa é que o procedimento volte a vigorar agora, na segunda quinzena de janeiro – e, com isso, haja um aumento de novos casos confirmados, como adiantado pelo secretário Nésio Fernandes na sexta-feira (8).
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