Após o incidente com a escuna Cavalo Marinho no litoral de Guarapari neste sábado (15), em que 41 passageiros precisaram ser resgatados, investigações serão realizadas para apurar as causas e circunstâncias para o encalhe da embarcação. Os primeiros levantamentos indicam que o motor parou de funcionar antes mesmo de a escuna ficar presa em uma pedra.
A informação foi passada por Sandra Lúcia, que, embora não tenha falado à reportagem sua função na empresa que administra os passeios de escuna, se identificou como uma representante ao atender a ligação no celular da operadora de turismo de Guarapari. Ela disse que o tanque de combustível estava cheio, mas, por uma razão que ainda será apurada, entrou ar e o motor parou. "Mas o resgate foi muito rápido. Estávamos próximo da terra", ressalta.
Sandra Lúcia diz, ainda, que a empresa tem cerca de 10 anos e bastante experiência na atividade. O incidente, segundo ela, a deixou atordoada, e a empresa está buscando esclarecer melhor tudo o que se passou. Questionada se haverá alguma mudança de protocolo nos passeios a partir do que aconteceu, Sandra afirma que, por enquanto, não consegue responder.
A escuna com 41 passageiros encalhou, no fim da tarde do sábado, nas proximidades do Morro da Pescaria, na Praia do Morro. Nas redes sociais foram feitos os primeiros registros da embarcação presa em uma pedra, em meio ao mar agitado. Em alguns momentos, parece que vai virar.
Segundo a Marinha, assim que tomou conhecimento de que a escuna Cavalo Marinho havia sofrido uma inundação, encaminhou imediatamente uma equipe de inspeção naval para o local, realizando o resgate de todos os passageiros e transbordo para outra escuna maior, a Princesa das Águas, que estava nas proximidades e apoiou o resgate.
Não foi identificada poluição hídrica ou vazamento de óleo na área proveniente da embarcação.
As causas e responsabilidades do acidente serão apuradas em um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), a ser conduzido pela Capitania dos Portos. Concluído o inquérito e cumpridas as formalidades legais, ele é encaminhado ao Tribunal Marítimo.
"Cabe destacar que a Marinha incentiva e considera importante a participação da sociedade, que pode ser feita pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e pedidos de auxílio) e (27) 2124-6526 (diretamente com a CPES para outros assuntos, inclusive denúncias). Também estão disponíveis o e-mail [email protected] e o aplicativo Praia Segura, que pode ser baixado gratuitamente em aparelhos celulares Android e iOS", informou o órgão em nota, no dia do acidente.
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