Ainda era bem cedo quando o motorista de aplicativo Taiglo Coura, de 33 anos, se deparou com uma cena inusitada na manhã desta terça-feira (20). Às 6h40, quando estava parado em um semáforo no bairro Itapuã, em Vila Velha, aguardando para prosseguir com a corrida do cliente que estava no banco traseiro, ele viu um homem carregando não apenas uma placa de identificação viária, como também o poste que serve de suporte para a sinalização.
"Eu pego no serviço por volta das 4h da madrugada diariamente. Quando estava em Itapuã, o passageiro falou comigo que havia um homem carregando uma placa. Parei então no sinal, deixei ele me passar, peguei o telefone e filmei. Se olharem bem, vão ver que é uma placa da Avenida Santa Leopoldina, que fica em Coqueiral de Itaparica. Ou seja, ele pegou ou recebeu o poste com a placa e já estava em Itapuã quando o encontrei", detalhou o motorista de veículo por aplicativo.
Taiglo disse ainda que até ficou com receio de uma reação por parte do homem que carregava o poste com a placa, mas decidiu filmar para mostrar que, na visão dele, este tipo de ação só ocorre porque há quem compre o material.
"Antigamente as placas eram de alumínio, mas hoje são feitas de material barato, praticamente sem valor comercial. Isso só tem utilidade para ferro-velho, e olhe lá. Infelizmente tem quem compre, por isso seguem roubando e provocando prejuízos aos cofres públicos. Eles roubam fios, placas com endereços e até sinalização de trânsito. Eu conheço bem a região, mas para quem é de fora, a falta delas pode deixar as pessoas confusas", complementou Taiglo.
De fato a percepção dele de que incidentes do tipo estão mais comuns não é equivocada. Quase que semanalmente as guardas municipais da Grande Vitória e também a Polícia Militar realizam apreensões de materiais roubados e receptadores.
Embora o flagrante tenha sido registrado pelo motorista, a Prefeitura de Vila Velha informou através de nota que a Guarda Municipal não foi acionada para esta ocorrência. A reportagem de A Gazeta também questionou a quantidade de ocorrências similares na cidade neste ano, porém a resposta foi de que e não há registro anterior de outro furto como este.
A Polícia Militar também foi demandada, mas até o momento da publicação não houve retorno por parte da assessoria de imprensa da PM. Assim que houver resposta, este texto será atualizado.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta