Municípios da Região Norte e Central do Estado foram notificados pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) para não estocarem doses da vacina contra a Covid-19. A reunião, que ocorreu de forma virtual nesta quinta-feira (10), já foi realizada com os municípios do Sul e, em breve, será feita também com os representantes das prefeituras da Região Metropolitana.
Segundo o MPES, o objetivo foi orientar para que seja feito planejamento e medidas imediatas para que os grupos prioritários sejam vacinados com a primeira dose (D1) da vacina, e não fiquem com o imunizante estocado.
O MPES informou que a diferença entre o quantitativo de doses recebidas para D1 e o quantitativo dessas doses aplicadas nas regiões Central e Norte, de acordo com os dados extraídos do sistema do Ministério Saúde, seria de 68.303 doses, que estariam em estoque, aguardando a aplicação.
A reunião foi coordenada pela promotora de Justiça Inês Thomé Poldi Taddei, dirigente do Caops e coordenadora do Gabinete de Acompanhamento da Pandemia do MPES (GAP-Covid-19), e contou com a presença dos promotores de Justiça dos municípios, que fiscalizam o cumprimento das políticas públicas de saúde. Também participaram gestores dos municípios responsáveis pela imunização da população.
A dirigente do Caops esclareceu a necessidade de se manter o registro de vacinação atualizado, para que os municípios não sejam prejudicados no recebimento de novas doses de vacinas contra a Covid-19. “Estamos acompanhando a dificuldade de alguns municípios em registrar os dados no sistema do Ministério da Saúde por conta de problemas de recursos humanos e do próprio sistema. No entanto, é preciso que seja feita, imediatamente, essa regularização, porque os números oficiais orientam o processo de distribuição dessas vacinas”, explicou.
O MPES orientou os representantes municipais a adotarem as medidas necessárias para que mais cidadãos sejam vacinados, como oferecer horários diferenciados e realizar a busca ativa de pessoas dos grupos prioritários. “Precisamos tirar essas doses das câmaras frias e colocar nos braços da população de forma responsável e planejada. Quanto mais tempo os imunizantes ficam parados, mais tempo vamos levar para reverter essa situação de pandemia”, salientou.
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